sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Juiz de Fora

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Juiz de Fora é um município brasileiro no interior do estado de Minas Gerais. Pertencente à mesorregião da Zona da Mata e microrregião de mesmo nome, localiza-se a sudeste da capital do estado, distando desta cerca de 283 km. Ocupa uma área de 1.429,875 km² e sua população foi estimada, no ano de 2009, em 526 706 habitantes, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, sendo então o quarto mais populoso de Minas Gerais e o 36º do Brasil. Está a 989 km de Brasília, capital federal. Sua área representa 0,245% do estado, 0,1554% da Região Sudeste e 0,0169% de todo o território brasileiro. Do total, 3,1774 km² estão em perímetro urbano.
A sede tem uma temperatura média anual de 19,25°C e na vegetação do município predomina a mata atlântica. Em relação à frota automobilística, em 2009 foram contabilizados 152 509 veículos. Com uma taxa de urbanização da ordem de 99,17%, o município contava, em 2008, com 273 estabelecimentos de saúde. O seu Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é de 0,828, considerando como elevado em relação ao estado.

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A cidade de Juiz de Fora foi emancipada de Barbacena na década de 1850.
A versão mais conhecida de sua etimologia é que o nome seja uma referência a um juiz de fora, magistrado nomeado pela Coroa Portuguesa para atuar onde não havia juiz de direito, que hospedou-se por pouco tempo em uma fazenda da região, passando esta a ser conhecida como a Sesmaria do Juiz de Fora.
 Hoje é formada pela cidade de Juiz de Fora além dos distritos de Paula Lima, Rosário de Minas, Sarandira e Torreões, subdivididos ainda em 111 bairros.  Atualmente é um dos principais polos industriais, culturais e de serviços de Minas Gerais. Passou a ser conhecida como "Manchester Mineira" à época em que seu pioneirismo na industrialização a fez o município mais importante do estado. Com a grande crise econômica de 1929, a economia dos municípios mineiros ligados à cafeicultura sofreu grande abalo e Juiz de Fora só conheceu novo período de desenvolvimento a partir da década de 1960. Sua área de influência estende-se por toda a Zona da Mata, uma pequena parte do Sul de Minas e também do Centro Fluminense.
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O município conta ainda com uma importante tradição cultural, que vai desde o seu artesanato até o teatro, a música e o esporte. Seu principal e mais tradicional clube de futebol é o Tupi Football Club, fundado em maio de 1912.  Juiz de Fora também é destaque no turismo, com seus diversos atrativos culturais, naturais e arquitetônicos. Alguns dos principais são o Museu Mariano Procópio, o Cine-Theatro Central e o Parque da Lajinha. Um dos principais eventos é o Carnaval de Juiz de Fora, que teve suas origens na época de emancipação do município. No final da década de 1930, até a década de 1960, o auge do Carnaval mudou de foco e a festa nos clubes pairou sobre Juiz de Fora.
"Manchester Mineira"
"JF (jota-éfe)"
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Vista panorâmica da cidade em 1893. Ao fundo, a Companhia Têxtil Bernardo
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História
Origens
Mascarenhas e à direita, em primeiro plano, a antiga cadeia, atual Escola Normal.
As origens de Juiz de Fora remontam a época do Ciclo do Ouro, portanto confundem-se com a história de Minas Gerais. Devido à dificuldade de acesso à região do atual município, o lugar permaneceu praticamente intocado até o século XIX. A Zona da Mata, então habitada apenas pelos índios puris e coroados, foi desbravada com a abertura do Caminho Novo, estrada construída em 1707 para o transporte do ouro da região de Vila Rica (Ouro Preto) até o porto do Rio de Janeiro. Diversos povoados surgiram às margens do Caminho Novo estimulados pelo movimento das tropas que ali transitavam, entre eles, o arraial de Santo Antônio do Paraibuna povoado por volta de 1713.
Em 1850 o arraial de Santo Antônio do Paraibuna foi elevado à categoria de vila, emancipando-se de Barbacena e formando um município. A elevação à categoria de cidade ocorreu quinze anos depois, quando foi adotada a denominação de Juiz de Fora. Este curioso nome gera muitas dúvidas quanto à sua origem. O juiz de fora era um magistrado nomeado pela Coroa Portuguesa para atuar onde não havia juiz de direito. A versão mais aceita pela historiografia admite que um desses magistrados hospedou-se por pouco tempo em uma fazenda da região, passando esta a ser conhecida como a Sesmaria do Juiz de Fora. Mais tarde, próximo a ela, surgiria o povoado. A identidade exata e a atuação desse personagem na história local ainda são polêmicas.
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Câmara Municipal de Juiz de Fora em 1907.
Um personagem de grande importância no município foi o engenheiro alemão Heinrich Wilhelm Ferdinand Halfeld (Henrique Guilherme Fernando Halfeld), que empresta seu nome a uma das principais ruas do comércio local e ao parque situado no centro da cidade, no cruzamento da mesma rua Halfeld e a Avenida Barão do Rio Branco, entre o prédio da Prefeitura Municipal, a Câmara dos Vereadores e o Fórum da Comarca. Halfeld, após realizar uma série de obras a serviço do Estado Imperial Brasileiro, acaba por fixar residência na cidade, envolve-se na vida política, constrói a Estrada do Paraibuna e promove diversas atividades no município, sendo considerado um de seus fundadores.
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Vista panorâmica de Juiz de Fora, cerca de 1907.
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Pioneirismo e imigração
A partir da década de 1850 Juiz de Fora passou a vivenciar um processo de grande desenvolvimento econômico proporcionado pela agricultura cafeeira que se expandia pela Zona da Mata mineira. Por iniciativa de Mariano Procópio Ferreira Lage, inicia-se a construção da primeira via de transporte rodoviário do Brasil: a Estrada União e Indústria, com 144 km de Petrópolis a Juiz de Fora, com o objetivo de encurtar a viagem entre a Corte e a Província de Minas e facilitar o transporte do café.
Mariano Procópio Ferreira Lage contratou então 1.193 imigrantes alemães para a construção da estrada e criou um núcleo colonial que, com a finalização das obras da União e Indústria, volta-se para a produção de gêneros agrícolas e dá origem à Colônia D. Pedro II, hoje atual bairro São Pedro. Os colonos fixaram-se também na Vila São Vicente (atual Borboleta) e na Rua Mariano Procópio. Os imigrantes que chegaram a Juiz de Fora vieram em busca de uma melhor condição de vida e, após o fim da construção da estrada, se dedicaram às profissões que praticavam na Alemanha.
Os alemães que vieram para Juiz de Fora em 1858 foram os primeiros protestantes a chegar em Minas Gerais.  Entre algumas das realizações culturais da imigração alemã está a vinda das freiras da Congregação das Irmãs de Santa Catarina. Elas vieram para o município em 1900 e fundaram o Colégio Santa Catarina, a fim de instruir as crianças da Colônia Alemã. Assim, o município foi sede de um dos primeiros curtumes industriais do país, de uma das primeiras cervejarias, de uma das primeiras estações telefônicas, dos primeiros grupos escolares e do primeiro transporte público de Minas Gerais, além da primeira escola de ensino superior de comércio do país, a Academia de Comércio. O comércio também progredia, podendo contar no ano de 1870 mais de 170 estabelecimentos comerciais e de serviços.
Durante o século XIX o município tornou-se um dinâmico centro econômico, político, social e cultural. Aos poucos, suas funções se ampliaram, ganhando ares de município moderno, ponto de confluência da população circunvizinha. Ganhou um plano de demarcação e nivelamento de ruas, telégrafo, imprensa, banco, bondes. No ano de 1889 foi inaugurada no município a primeira usina hidrelétrica de grande porte da América do Sul, a Usina de Marmelos, importante marco do setor elétrico do Brasil e grande impulsionadora da indústria municipal.
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Formação administrativa
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A cidade foi criada em 31 de maio de 1850, desmembrando-se de Barbacena e instalando-se em 7 de abril de 1853. Ao longo dos anos o município foi ganhado novos distritos. Em 1911 a cidade possuía quinze: Juiz de Fora (sede), Água Limpa, Paula Lima, Rosário, São Francisco de Paula, Pôrto das Flores, São José do Rio Prêto, Vargem Grande, Matias Barbosa, São Pedro de Alcântara, Chácara, Sarandi, Santana do Deserto, Benfica e Mariano Procópio. Porém, com o passar dos anos, muitos foram sendo elevados à cidades. Em última alteração distrital, feita pela lei estadual nº 6769 de 13 de maio de 1976, o distrito de Paula Lima foi extinto passando seu território a pertencer ao quarto subdistrito do distrito Sede de Juiz de Fora. Em divisão territorial datada de 1º de janeiro de 1979, o município era constituído de quatro distritos: Juiz de Fora, Rosário de Minas, Sarandira e Torreões. Assim permanecendo atualmente.
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 Industrialização e história recente
Os ganhos obtidos com o café, associados às facilidades de transporte, energia e mão-de-obra, acrescida com a chegada de centenas de imigrantes italianos, possibilitaram um intenso desenvolvimento industrial, e o município passa a ser denominada "A Manchester Mineira". Os setores que mais se desenvolveram foram o da indústria têxtil e, em segundo lugar, o da produção de alimentos e bebidas. A cidade, ao fim do século XIX, possuía uma dinâmica vida cultural, representada pelos teatros, jornais, colégios e intensa atividade literária. A própria arquitetura reflete a prosperidade econômica e cultural, por meio do estilo eclético das construções, com diferentes manifestações do passado: o gótico, o grego e com a introdução, neste século, do Art Nouveau e Art Déco. Mais tarde, na década de 1950 do nosso século, encontramos construções com concepções modernas, como as obras de Oscar Niemeyer e os painéis de Di Cavalcanti e Cândido Portinari.
Até o ano de 1960 o número de habitantes teve um crescimento considerável, acima de 4% por ano. A partir da década de 1960 o ritmo do crescimento populacional sofreu uma reversão e passa a ser declinante. No recenseamento do ano de 1991, o município registrou um total de 385.966 habitantes, resultando em densidade demográfica de 271 habitantes por km². Desse índice populacional, 98,51% habitavam áreas urbanas e 1,49% em áreas rurais.
 Durante todo o século XX, Juiz de Fora destacou-se nos grandes momentos históricos do País. E, após viver um período de relativa decadência industrial a partir dos anos quarenta, passou a destacar-se pelo crescimento dos setores comercial, industrial e de prestação de serviços, o que a coloca como a terceira cidade de Minas Gerais e a capital da Zona da Mata Mineira. Também com o crescimento de Juiz de Fora e cidades próximas, foi criada a Microrregião de Juiz de Fora, reunindo além do município, outras 33 cidades, como Santos Dumont, São João Nepomuceno, Lima Duarte, Bicas e Matias Barbosa. Em 2006 sua população foi estimada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística em cerca de 760.767 habitantes em uma área total de 8.923,426 km². Seu Índice de desenvolvimento humano (IDH) era de 0,805 e o PIB per capita de R$ 6.693,58 em 2003. Localiza-se na Mesorregião da Zona da Mata.
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Vista da cidade: seu contorno é predominantemente montanhoso.
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 Geografia
A geografia de Juiz de Fora é homogênea. O município conta com um relevo predominantemente montanhoso e uma vegetação atlântica. A área do município é de 1 429,875 km², representando 0,245% do território mineiro, 0,1554% da área da região Sudeste do Brasil e 0,0169% de todo o território brasileiro. É ainda o município mais extenso da Zona da Mata.  O relevo de Juiz de Fora é bem acidentado, correspondendo geomorfologicamente à Unidade Serrana da Zona da Mata, pertencente à Região Mantiqueira Setentrional. A altitude máxima é de 998 m. nas proximidades da serra dos Cocais e a mínima fica em 470 m no Rio Santo Antônio. A sede está em uma altitude de 677,2 m. Cerca de 2% do território juiz-forano é plano, 15% das terras são mares de morros e montanhas os 83% restantes o terreno é plano.
Juiz de Fora está localizada na Mesorregião da Zona da Mata e Microrregião de Juiz de Fora, com uma área aproximada de 8.923,426 quilômetros quadrados. O município limita-se ao norte com Santos Dumont e Ewbank da Câmara; a nordeste, com Piau e Coronel Pacheco; a leste, com Chácara e Bicas, Pequeri; a Sudeste, com Santana do Deserto; ao sul com Matias Barbosa e Belmiro Braga; a sudoeste, com Santa Bárbara do Monte Verde; a oeste, com Lima Duarte e Pedro Teixeira e a noroeste com Bias Fortes. Juiz de Fora está a 310 quilômetros de Belo Horizonte.
Hidrografia
O município de Juiz de Fora está localizado na bacia do Médio Paraibuna, pertencente à bacia do rio Paraíba do Sul, e seu perímetro urbano é drenado por 156 sub-bacias de diversas dimensões.
A bacia do Médio Paraibuna possui tributários com perfis longitudinais relativamente acentuados, que desembocam no rio principal com gradiente um pouco baixo. O rio Paraibuna possui declividade média bastante diferenciada ao longo de seu curso, sendo que no trecho urbano de Juiz de Fora é bastante moderada, da ordem de 1,0m/km. A última retificação de aproximadamente 30 km, na região do Distrito Industrial I, foi dimensionada de modo a compatibilizar a função regularizadora da barragem Chapéu D’Uvas, recentemente concluída. A barragem foi construída com o objetivo de amortizar enchentes e ampliar o potencial de abastecimento de água para a cidade.
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 Clima
O clima de Juiz de Fora é caracterizado tropical de altitude (tipo Cwa segundo Köppen),com diminuição de chuvas no inverno e temperatura média anual de 19,25°C, tendo invernos secos e frios, com ocorrências de geadas em pontos isolados, e verões chuvosos com temperaturas moderadamente altas. O mês mais quente, fevereiro, têm temperatura média de 23°C e o mês mais frio, julho, de 17°C. outono e primavera são estações de transição.
A precipitação média anual é de 1.536 mm, sendo julho o mês mais seco, quando ocorrem apenas 18,8 mm. Em janeiro, o mês mais chuvoso, a média fica em 298,6mm. Nos últimos anos, entretanto, os dias quentes e secos durante o inverno têm sido cada vez mais frequentes, não raro ultrapassando a marca dos 28°C especialmente entre os meses de agosto e setembro. Durante a época das secas e em longos veranicos em pleno período chuvoso, também são comuns registros de fumaça de queimadas em morros e matagais, principalmente na zona rural da cidade. Em julho de 2008 a precipitação de chuva não passou dos 0 mm.
A temperatura mínima oficial registrada na cidade foi de 3,1 °C em junho de 1985. Porém algumas áreas da cidade teriam observado temperatura de 0,8 °C em 26 de junho de 1918. A máxima registrada foi de 36,2 °C, no dia 17 de fevereiro de 1969. Oficialmente o maior índice pluviométrico em menos de 24 horas já observado na cidade foi de 137,2 mm registrados em 1977. Mas em 1º de novembro de 2006 alguns pontos da cidade registraram acumulados superiores a 140 mm. Outros grandes volumes de precipitação registrados foram de 129,3 mm em 25 de janeiro de 1985 e 108 mm em 20 de outubro de 2009.Tempestades de granizo também não são comuns na cidade, mas algumas das mais recentes ocorreram em 13 de janeiro de 2010[33] e dia 17 de dezembro de 2009.
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Parque do Museu Mariano Procópio.
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Ecologia e meio ambiente
A vegetação nativa do município pertence ao domínio florestal Atlântico (Mata Atlântica), onde destacam-se diversas espécies da fauna e flora. Em Juiz de Fora existem unidades de conservação ambiental. As principais são a Reserva Biológica Municipal do Poço D'Anta (com 277 hectares, entre os bairros São Benedito, Bom Retiro e Linhares); Reserva Biológica Municipal Santa Cândida (133 hectares, bairros Monte Castelo, São Pedro e Carlos Chagas); Parque da Lajinha (45,5 hectares, bairros Aeroporto e Teixeiras); Área de Proteção Ambiental do Krambeck (291 hectares, bairros Eldorado e Remontas) e Área de Preservação Permanente Bosque do Bairu (0,5 hectares, bairro Bairu). De acordo com a lei 9605 de 1998, mananciais, encostas e áreas de matas nativas são protegidas pela prefeitura. Outras áreas de preservação, como o Parque do Museu Mariano Procópio, possuem legislações próprias, por serem de menor porte.  Outra importante unidade de conservação é o Sítio Malícia, que pertencente à maior floresta de mata atlântica urbana do país, com mais de 3,7 milhões de metros quadrados.
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Poluição atmosférica
Desde o começo da década de 1990 vários pontos do município, em especial a área central, vêm sofrendo com a fumaça e a poluição proveniente da grande quantidade de veículos que circulam na região e das indústrias. Desde 1993 estudos que estão sendo realizados comprovam que o nível de monóxido de carbono é elevado. Somente na Avenida Rio Branco, a principal da cidade, em 1998 já circulavam 40 mil veículos diáriamente, sendo que a frota municipal naquele ano era de 115 mil veículos.
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 Museu Mariano Procópio
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O Museu Mariano Procópio, localizado em Juiz de Fora, é o primeiro museu surgido em Minas Gerais. Fundado em 1915 por Alfredo Ferreira Lage, abriga um dos principais acervos do país, com aproximadamente 50 mil peças.
Seu conjunto arquitetônico compreende dois edifícios: a Villa Ferreira Lage, construída entre 1856 e 1861, e o Prédio Mariano Procópio, inaugurado em 1922. Atualmente, ambos se encontram em reformas, estando fechados para visitação pública.
Além do conjunto histórico, conta com um acervo natural de grande importância ecológica, valorizando em seus jardins a exótica flora brasileira.
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A Villa no começo do século XX
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História
A história do museu está ligada ao surgimento da Estrada União e Indústria, que une Juiz de Fora a Petrópolis. Mariano Procópio, engenheiro e responsável pela estrada, mandou construir a Villa Ferreira Lage para abrigar Dom Pedro II, que inauguraria a rota. Para a construção Mariano escolheu um terreno situado no coração da nova localidade que fizera surgir, defronte ao hotel que atenderia os usuários da União e Indústria. Como a construção não ficou pronta a tempo, ele teve de hospedar a família imperial em sua própria residência.
Somente em sua segunda visita à cidade em 1869 o imperador pôde conhecer a Villa.
Villa Ferreira Lage
Projetado e construído pelo alemão Carlos Augusto Gambs, chefe dos engenheiros e arquitetos da União e Indústria, o prédio é representante típico do estilo imponente que marcou as principais obras do final do século XIX. Implantado em platô alteado, foi edificado com tijolos maciços aparentes. A ornamentação foi feita a partir de tijolos com caneluras e arestas arredondadas, entre outros elementos. A vila conserva até hoje suas características originais, inclusive no interior, decorado com paredes revestidas de papel e pinturas, forro em estuque e lambris de madeira de lei decorados. Guarda também um importante acervo mobiliário.
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O prédio anexo, dezembro de 2005
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O Museu
Com a morte de Mariano Procópio em 14 de fevereiro de 1872, o terreno foi herdado por seus dois filhos, Frederico e Alfredo Ferreira Lage. Na parte dedicada a si Frederico construiu um imenso palacete, com material todo proveniente da Europa. Após sua morte repentina aos 39 anos de idade em 1901, as dívidas provocadas pelas obras resultaram na venda do imóvel à Estrada de Ferro Central do Brasil, sendo posteriormente transferido para o Ministério da Guerra, que instalou no local a sede da Quarta Região Militar.
A vila e a parte superior do terreno foram herdadas por Alfredo, que revelou a intenção de abrigar ali um acervo que vinha colecionando desde a juventude. Com o aumento gradual de sua coleção, graças à aquisição de peças em leilões no Brasil e principalmente no exterior - além de doações de figuras importantes como Duque de Caxias, Afonso Arinos, Rodolfo Bernardelli e Amélia Machado Cavalcanti de Albuquerque (esposa do Visconde de Cavalcanti) - Alfredo viu-se obrigado a ampliar o castelo original, iniciando a construção de um prédio anexo.
No dia 23 de junho de 1921, marcando o centenário do nascimento de Mariano Procópio, Alfredo Ferreira Lage inaugurou oficialmente o museu na Villa. No mesmo ano a Princesa Isabel e o Conde D'Eu puderam voltar ao Brasil com o fim do decreto de banimento da Família Real e estiveram na cidade para visitar o local. Foi nessa ocasião que Alfredo revelou pela primeira vez sua intenção de repassar todo o acervo para o município.
Em 13 de maio de 1922 o Museu Mariano Procópio foi oficialmente aberto ao público, inaugurado com um acervo que ocupava tanto a Villa Ferreira Lage quanto o prédio anexo.
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Um trecho do parque, 2009
Parque Mariano Procópio
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Em torno da Villa foi projetado um imenso jardim. Mariano reunira ali diversas árvores, arbustos e espécies vegetais brasileiras - muitas delas atualmente ameaçadas de extinção, como o Pinheiro do Paraná. Esta flora hoje centenária abriga uma variada fauna de pássaros, macacos e preguiças, e foi considerada pelo naturalista suíço Jean Louis Rodolphe Agassiz como "o paraíso dos trópicos".
Do enorme terreno arborizado que englobava a área onde atualmente localiza-se a Quarta Região Militar e o bairro Vale do Ipê - a chamada "Chácara de Mariano Procópio" - restam cerca de 88,200 metros quadrados. Com um lago, bosque e espaço recreativo, o parque foi aberto à visitação pública gratuita em uma cerimônia em 31 de maio de 1934, quando teve início a transferência da área das mãos de seu proprietário, Alfredo Ferreira Lage, para o controle da prefeitura.
Entre aplausos, discursos e descerramento de placa, o evento serviu para que o município começasse a reconhecer os méritos daquele "ilustre e insigne amigo de Juiz de Fora", que, segundo o animado escrivão da ata da cerimônia, "vêm pugnando pela grandeza deste torrão".
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Anos 30: Alfredo Ferreira Lage e o presidente Getúlio Vargas (centro) na entrada do museu.
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A doação
Sem filhos, Alfredo Ferreira Lage passou a doar seus bens a Juiz de Fora, começando em 1934 pelo Parque Mariano Procópio. No mesmo ano fez uma escritura de doação do Museu e de toda área em torno para o município no valor de três mil contos de réis (aproximadamente 150 milhões de dólares em valores atuais).
Preocupado com o destino do imóvel, Alfredo criou a Sociedade Conselho de Amigos do Museu Mariano Procópio, dirigindo a fundação e o próprio museu, uma de suas principais exigências ao finalmente completar a doação do prédio com uma escritura lavrada em 29 de fevereiro de 1936. A escritura incluia outras condições para a entrega, entre elas a proibição de alteração em sua finalidade cultural, a "proibição perpétua de serem retirados do museu os objetos artísticos, históricos e científicos a ele incorporados", a permanência "das denominações atuais dadas às salas do museu" e a perpetuidade da denominação "Mariano Procópio", homenagem de Alfredo a seu pai.
Ainda segundo as exigências da escritura, Alfredo exerceria "enquanto quiser o cargo de diretor, com dispensa de submeter suas contas ao exame do Conselho, e com direito de usufruto dos bens ora doados, para o fim de conservar a sua atual habitação no imóvel". Só mesmo sua morte em 1944 o afastou da direção da instituição que criara, mas já então o Museu Mariano Procópio era considerado um dos mais importantes do Brasil.
Em 1978 o município criou a Fundação Cultural Alfredo Ferreira Lage (Funalfa) para administrar o museu de acordo com os termos de doação. A Funalfa exerceu a tarefa até 2005, ano em que foi criada a Fundação Museu Mariano Procópio (MAPRO).
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Ficheiro:Tiradentes Esquartejado (Pedro Américo, 1893).jpg
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Tiradentes Esquartejado
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Acervo
Quadros
Casado com a pintora Maria Pardos, é natural que Alfredo Ferreira Lage se tornasse um grande apreciador e colecionador de quadros. A essência do acervo está no período entre 1870 e 1930, com um interesse particular pela arte européia e posteriormente brasileira, consequência do desenvolvimento das academias artísticas no país. Somando as várias doações, principalmente por parte da Viscondessa de Cavalcanti, a coleção de pinturas, gravuras e desenhos chega a um total de quase 2 mil obras.
Um dos maiores destaques é o quadro "Tiradentes Esquartejado", de autoria de Pedro Américo. Feito por encomenda, passou muitos anos na sala de reuniões da Câmara Municipal de Juiz de Fora, após o qual foi transferido para o museu. Também encontram-se expostas obras dos franceses Jean Honoré Fragonard e Charles-François Daubigny e do holandês Willem Roelofs, premiado com a medalha de ouro na Exposição de Paris em 1888. Os brasileiros estão representados por Antônio Parreiras, Rodolfo Amoedo, Horácio Pinto da Hora e Henrique Bernadelli
Para abrigar a coleção foi projetada no anexo à Villa a Galeria Maria Amália, uma homenagem de Alfredo Ferreira Lage à sua mãe. Foi inaugurada em 13 de maio de 1922, e sua estrutura segue o modelo das principais galerias de arte do século XIX.
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 Morro do Imperador e centro da cidade
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Subdivisões
Juiz de Fora está oficialmente subdividida em quatro distritos. São eles: Paula Lima, Rosário de Minas, Sarandira, Sede e Torrões.  Os limites das áreas urbanas nos distritos, os chamados núcleos urbanos, também definidos pela Lei 6.910 de 1986, poderão ser revistos em função da necessidade de atendimento ao crescimento de sua população.
A cidade foi originalmente subdividida ainda em 81 regiões urbanas. Porém, de acordo com o plano diretor municipal, foram adotados 111 bairros, cuja divisão é a unidade territorial que o habitante da cidade tem mais facilidade de reconhecer. Outra subdivisão oficial criada pela prefeitura é as Regiões de Planejamento. O município está dividido em doze regiões. São elas: Barreira, Benfica, Cascatinha, Centro, Grama, Igrejinha, Linhares, Lourdes, Santa Cândida, Santa Luzia, São Pedro e Represa. No interior de cada Região de Planejamento existem áreas de distintas conformações topográficas e configurações quanto ao tipo e densidade de ocupação, facilidades de infraestrutura, traçado dos lotes e características arquitetônicas das construções. Por esta razão, cada região de planejamento foi considerada como sendo composta de um número variável de unidades de planejamento, definidas por uma condição de homogeneidade relativa das tipologias referidas.
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Interior do Independência Shopping. O setor terciário é a maior fonte geradora do PIB da cidade, movimentando, anualmente, valores que ultrapassam os três milhões.
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Economia
Nos dados do IBGE de 2005 o município possuía R$ 6 504 492 mil  no seu Produto Interno Bruto. Desse total 883 208 mil são de impostos sobre produtos líquidos de subsídios. O PIB per capita é de R$ 12 348,91. Dos 5.565 municípios brasileiros, Juiz de Fora ocupa a 19ª colocação no ranking das mais promissoras cidades para se construir uma carreira profissional, segundo pesquisa da Fundação Getúlio Vargas, publicada na revista Você S.A..
Setor primário
A agricultura não possui tanta relevância em Juiz de Fora. De todo o PIB da cidade 40.493 mil reais é o valor adicionado bruto da agropecuária. Segundo o IBGE em 2008 o município possuía um rebanho de 46.499 bovinos, 46.400 suínos, 470 equinos, 140 mulas, 80 caprinos, 70 búfalos, 25 asnos, 20 ovelhas e 808.000 aves, dentre estas 2.000 galinhas, 800.000 galos, frangos e pintinhos e 6.000 codornas. Em 2008 a cidade produziu 164 mil litros de leite de 156 vacas. Foram produzidos 28 mil dúzias de ovos de galinha e 14.850 quilos de mel-de-abelha.Na lavoura temporária são produzidos principalmente a cana-de-açúcar (7.750 toneladas), o milho (2.800 toneladas) e o feijão (195 toneladas).
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Setor secundário
A indústria atualmente é o segundo setor mais relevante para a economia juiz-forana. 1 619 725 reais do PIB municipal são do valor adicionado bruto da indústria (setor secundário). A cidade conta com um Distrito Industrial em operação sob administração da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (CODEMIG). As principais atividades industriais do município são a fabricação de alimentos e bebidas, produtos têxteis, artigos de vestuário, produtos de metal, metalurgia, mobiliário, montagem de veículos e outros.
Setor terciário
3 961 065 milhões reais do PIB municipal são de prestações de serviços (terciário).  O setor terciário atualmente é a maior fonte geradora do PIB juiz-forana. De acordo com o IBGE a cidade possuía no ano de 2008 20 658 estabelecimentos comerciais e 36 602 trabalhadores, sendo 19 724 pessoal ocupado total e 145 581 ocupado assalariado. Salários juntamente com outras remunerações somavam 1.668.024 reais e o salário médio mensal de todo município era de 2,7 salários mínimos.Um dos principais centros comerciais de Juiz de Fora e também um dos mais movimentados da região é o Independência Shopping, inaugurado em 22 de abril de 2008. Além de grandes lojas o shopping possui pequenas e médias empresas com sede no próprio município ou na região. Assim como no resto do país o maior período de vendas é o Natal.
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Vista aérea de prédios da zona urbana da cidade.
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Estrutura urbana
No ano de 2000, a cidade possuía 132 465 domicílios, entre apartamentos, casas, e cômodos. Desse total, 93 824 eram imóveis próprios, sendo 86 719 próprios já quitados (65,47%), 7 105 próprios em aquisição (5,36%), 29 357 eram alugados (22,16%), 8 639 imóveis foram cedidos sendo que 1 649 haviam sido cedidos por empregador (1,24%), 6 990 foram cedidos de outra maneira (5,28%) e 645 eram de outra forma (0,49%).
O município conta com água tratada, energia elétrica, esgoto, limpeza urbana, telefonia fixa e telefonia celular. Em 2000, 95,30% dos domicílios eram atendidos pela rede geral de abastecimento de água, 97,05% das moradias possuíam coleta de lixo e 93,69% das residências possuíam escoadouro sanitário. Seu Índice de Gini é de 0,41.
Saúde
Em 2005 o município possuía 273 estabelecimentos de saúde, sendo 91 deles privados e 182 públicos entre hospitais, pronto-socorros, postos de saúde e serviços odontológicos. Neles a cidade possui 2 368 leitos para internação, sendo noventa privados. Na cidade existem doze hospitais gerais, sendo três públicos, três filantrópicos e seis privados. Juiz de Fora conta ainda com 1 426 técnicos de enfermagem, 1 206 auxiliares de enfermagem, 938 clínicos gerais, 592 enfermeiros, 551 pediatras e 2 931 distribuídos em outras categorias, totalizando 7 644 profissionais de saúde. No ano de 2008 foram registrados 6 158 de nascidos vivos, sendo que 10,3% nasceram prematuros, 58,7% foram de partos cesáreos e 15,1% foram de mães entre 10 e 19 anos (0,5% entre 10 e 14 anos). A Taxa Bruta de Natalidade é de 11,8.
Um dos principais hospitais da cidade é o Monte Sinal. Localizado no bairro Dom Bosco, foi inaugurado em 1994. Possui o maior centro de medicina diagnóstica da região e recentemente passou por um processo de reforma e reestruturação. Com 16 mil m² de área construída, possui aproximadamente 735 médicos em seu corpo clínico. Sua Unidade de terapia intensiva (UTI) adulta conta com trinta leitos e a neonatal e infantil possui 25 leitos.
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 Educação
Juiz de Fora conta com escolas em todas as regiões do município. Devido à intensa urbanização os poucos habitantes da zona rural têm fácil acesso a escolas em bairros urbanos próximos. A educação nas escolas estaduais tem um nível superior ao das escolas municipais, mas a prefeitura está criando estudos para tornar a educação pública municipal ainda melhor, de modo a conseguir melhores resultados no IDEB.[74] O município em 2008 contava com aproximadamente 103.233 matrículas, 6.840 docentes e 524 escolas nas redes públicas e particulares. Em 2000 cerca de 367.844 habitantes (95,6% da população) eram alfabetizados.
Localiza-se na cidade a Universidade Federal de Juiz de Fora, uma das melhores universidades do Brasil, segundo o Ministério da Educação. Fundada em 1960, conta hoje com mais de 10.000 alunos em diversas áreas de ensino. Seu campus possui área de 1.346.793,80m². A cidade também é atendida por outras instituições de ensino superiores tais como o Centro de Ensino Superior de Juiz de Fora (CES/JF, Faculdade Católica), Faculdade Metodista Granbery (FMG), Universidade Estácio de Sá, Instituto Vianna Júnior, Faculdade DOCTUM, Faculdade Machado Sobrinho, Universidade Presidente Antônio Carlos, Faculdade do Sudeste Mineiro (FACSUM), Universidade Salgado de Oliveira (UNIVERSO), entre outras.
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Ficheiro:Ônibus 615 - Encosta do Sol no ponto ao lado do IFET Juiz de Fora.jpg
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Transportes
Ônibus adaptado para cadeirantes da Viação Norte.
 Observe no vidro o adesivo que alerta sobre a inversão de fluxo.
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((Todos os Créditos da Imagem acima ao Fotógrafo Anderson Lima)
Do ficheiro:Wikimedia Commons:Juiz de Fora
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Transportes
Por não possuir rios em abundância, o município não possui muita tradição no transporte hidroviário. Juiz de Fora também é cortada em seu centro pela ferrovia MRS Logística, antiga SR-3 da Rede Ferroviária Federal (RFFSA). Desde 1997 não há transporte ferroviário de passageiros. O município possui fácil acesso à BR-040 para Brasília e Rio de Janeiro; BR-267 para Porto Murtinho; MG-353 para Rio Preto e Piraúba; e MG-133 para Rio Pomba e Coronel Pacheco. Além disso, tem acesso às rodovias de importância estadual e até nacional através de rodovias vicinais pavimentadas e com pista dupla. A cidade conta também com o Aeroporto Francisco Alvares de Assis (IATA: JDF, ICAO: SBJF). Conhecido também por Aeroporto da Serrinha, foi inaugurado em 1958. Possui capacidade para 37 000 passageiros e desde 2007 é administrado pela Sinart.  Está a 7 km do centro da cidade.
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Ficheiro:Estrada para Juiz de Fora MG.jpg
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Trecho da BR-040 com pista dupla.
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A frota municipal no ano de 2009 era de 152.509 veículos, sendo 115.828 automóveis, 4.671 caminhões, 936 caminhões trator, 8.407 caminhonete, 548 micro-ônibus, 20.584 motocicletas, 2.206 motonetas, 1.329 ônibus e dez tratores de roda. As avenidas duplicadas e pavimentadas e diversos semáforos facilitam o trânsito da cidade, mas o crescimento no número de veículos nos últimos dez anos está gerando um tráfego cada vez mais lento de carros, principalmente na Sede do município. Além disso, tem se tornado difícil encontrar vagas para estacionar no centro comercial da cidade, o que vem gerando alguns prejuízos ao comércio.
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Ficheiro:Trem no bairro Mariano Procópio.jpg
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Trem passando no bairro Mariano Procópio.
(Todos os Créditos da Imagem acima ao Fotógrafo Anderson Lima)
Do ficheiro:Wikimedia Commons: Juiz de Fora
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O transporte público em Juiz de Fora é administrado pela Astransp (Associação Profissional das Empresas de Transporte de Passageiros de Juiz de Fora), fundada em 1970. Sete empresas de transporte coletivo compõem a Astransp, transportando aproximadamente oito milhões de passageiros por mês. A associação emprega aproximadamente três mil trabalhadores entre motoristas, cobradores, mecânicos, pessoal de escritório e encarregado.  No município também está localizado o Terminal Rodoviário Miguel Mansur, que conta com vinte e uma empresas de ônibus interurbanos e interestaduais.
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Ficheiro:Rua Halfeld com Av Rio Branco-2010.jpg
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Esquina da Halfeld com a Av. Rio Branco, com vista para o Paço Municipal (à esquerda), parte alta da rua e o Morro do Imperador (centro) e Parque Halfeld (à direita).
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Cultura e lazer
Turismo
O município possui diversas atrações turísticas. Entre os pontos mais visitados estão seus museus, como o Museu Mariano Procópio e o Museu de Arte Moderna Murilo Mendes. De acordo com a prefeitura, existem na cidade 41 pontos turísticos (como fazendas, trilhas, cachoeiras); 10 museus; sete teatros e três cinemas.
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Ficheiro:Rua Halfeld (1903).jpg
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Parte baixa da Rua Halfeld em 1903
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Entre as principais atrações turísticas da cidade estão:
Rua Halfeld: A principal rua da cidade, com cafés, cinemas, galerias e lojas. Nela se localizam o painel "Cavalinhos", de Portinari, no Edifício Clube Juiz de Fora, o Parque Halfeld, com coreto, parque infantil e árvores centenárias, a Câmara Municipal e o Cine-Theatro Central.
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Ficheiro:Cine-Theatro Central 2010.jpg
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Cine-Theatro Central em janeiro de 2010
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Cine-Theatro Central: Inaugurado em 30 de março de 1929, é um dos mais importantes teatros mineiros. Tombado pelo Patrimônio Histórico Nacional, foi restaurado e reinaugurado em 1996.
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Ficheiro:Cine-Theatro Central.jpg
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Fachada do Central decorada com cerca de 15,000 lâmpadas, formando parte de sua decoração na época do Natal
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História
O ponto de partida para a construção do cineteatro foi a fundação da "Companhia Central de Diversões" em junho de 1927, pela sociedade formada por Químico Correia, Francisco Campos Valadares, Diogo Rocha e Gomes Nogueira. A escolha do local foi entre as ruas São João e Califórnia (hoje Halfeld), onde se situava o teatro Polytheama, demolido para ceder lugar ao Central.
As obras duraram um ano e quatro meses, e a inauguração finalmente ocorreu em 30 de março de 1929.
O prédio foi tombado pelo IPHAN em 1994. No mesmo ano, passou a ser administrado pela Universidade Federal de Juiz de Fora que, com recursos do Ministério da Educação, promoveu ampla reforma no Cine-Theatro, reabrindo suas portas ao público.
Parque da Lajinha: Área verde de 140 mil metros quadrados, possui trilhas para caminhada e mountain bike, lago e amplo espaço aberto. Localiza-se a sudoeste do Centro da cidade.
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Ficheiro:Morro do Cristo.jpg
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Capela e estátua, paralelos ao mirante
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Morro do Imperador: Conhecido também como Morro do Cristo ou Morro da Liberdade, o Morro do Imperador, a 923 m do nível do mar, é um dos pontos mais altos de Juiz de Fora. Além de um mirante e uma capela centenária, lá encontra-se também uma torre helicoidal, primeira do tipo na América do Sul, que serviu à TV Industrial, emissora pioneira em geração de imagens no interior brasileiro.
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Ficheiro:Usina Marmelos Zero (1903).jpg
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Usina de Marmelos em 1903
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Usina de Marmelos Zero: Construída pelo industrial Bernardo Mascarenhas e inaugurada em 1889, trata-se da primeira usina hidrelétrica da América do Sul.
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Ficheiro:Aeroclube de Juiz de Fora.jpg
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Aeroclube de Juiz de Fora.
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Aeroclube de Juiz de Fora: Inaugurado em 5 de março de 1938, oferece voos panorâmicos sobre a cidade e atividades aerodesportivas.
O aeroclube disponibiliza diversas opções de lazer: vôos panorâmicos sobre Juiz de Fora (de terça-feira a domingo e nos finais de semana) e atividades aerodesportivas - como planadores, acrobacias e shows dos pára-quedistas do Para-Clube Águias de Ouro.
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Ficheiro:Igreja Melquita Sao Jorge de Juiz de Fora 01.jpg
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Visão externa da Igreja de S. Jorge
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Igreja Melquita de São Jorge: Localizada no bairro Santa Helena, a Igreja projetada por Jorge Staico é referência em arquitetura por todo o Brasil, além de ser uma das poucas igrejas orientais no país.
Costumes, artes e eventos
Uma das principais manifestações culturais de Juiz de Fora, assim como no Brasil, é o Carnaval. O evento teve seus primórdios na época da emancipação da cidade. Ao final da década de 1930, até a década de 1960, o auge do Carnaval mudou de foco e a festa nos clubes pairou sobre Juiz de Fora. Além dos tradicionais Club Juiz de Fora, Sport, Clube Bom Pastor e Dom Pedro II, os bailes carnavalescos se expandiam para todo o lado, incluindo o Clube dos Planetas, dos Grafos, do Elite, Tupynambás, Tupi, Associação do Empregados do Comércio e o Círculo Militar.
O teatro e o cinema também possuem relevância no município. Como já dito acima, Juiz de Fora possui sete teatros e três cinemas. Conta também com trinta bandas e/ou corais; dezoito orquestras; treze entidades e Centros Culturais; seis grupos de capoeira e seis grupos de teatro. São algumas das mais importantes entidades com sede na cidade: Academia de Poetas e Prosadores de Minas Gerais; Centro Cultural Bernardo Mascarenhas; Sociedade de Belas Artes Antônio Parreiras; Espaço Cultural Banco do Brasil; Centro Musical Sustenidos & Bemóis e Corporação Musical Artistas Amadores da Sociedade Filarmônica de Juiz de Fora.
O município possui também uma razoável tradição em seu artesanato e na culinária. Normalmente pratos regionais - que vão desde tortas e bombons até pequenas refeições caseiras, como arroz e feijão - e peças artesanais são vendidas em barracas e feiras da cidade ou em eventos recorrentes ao longo do ano. Na cidade existe a Associação de Artesão de Juiz de Fora, inaugurada em julho de 1997 com objetivo de dar condições de trabalho aos artesãos da cidade e região. Em maio de 1998 foi criada pela associação a Feira Permanente de Artesanato do bairro São Mateus. A feira dispõe, atualmente, de cerca de quarenta barracas. Juiz de Fora não possui um artesanato típico regional mas essa é considerada a principal característica do trabalho feito na cidade: uma diversidade de técnicas, de materiais utilizados que permitem ao artesão local expandir e representar sua arte.
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Ficheiro:Botafogo x Vitória em Juiz de Fora MG.jpg
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O Estádio Mario Helênio durante uma partida de futebol.
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Esportes
A secretaria municipal de esporte e lazer realiza em parceria com a prefeitura diversos projetos estimulando a prática de esportes, especialmente nas escolas das periferias ou áreas mais pobres. Os principais são: o Projeto Nadar, que oferece às comunidades atividades de natação e hidroginástica; Projeto Caminhada Orientada, que envolvem principalmente adultos e idosos que são orientados na prática de caminhada, atendendo principalmente a grupos de hipertensos, diabéticos e obesos; Projeto Esporte Adaptado, que oferece esportes para pessoas com deficiência física, visual, auditiva e mental, sendo oferecidas atividades de natação, hidroginástica, futsal, basquete, vôlei, goalball, atletismo, dança e ginástica; e o Projeto Dança e Ginástica, que estimula a prática da ginástica (aeróbica, localizada, postural) e dança como uma atividade física.
Assim como na maioria das cidades do país o esporte mais conhecido e praticado no município é o futebol. O principal clube de futebol no município é o Tupi Football Club, que foi fundado em 26 de maio de 1912.Disputa seus jogos no Estádio Municipal Radialista Mario Helênio, conhecido apenas por Mario Helênio, o principal estádio da cidade. Foi inaugurado em 30 de outubro do ano de 1988 e atualmente conta com capacidade para 35.000 pessoas.
Feriados
Em Juiz de Fora há, oficialmente, apenas um feriado municipal, oito feriados nacionais e quatro pontos facultativos. O feriado municipal é o do dia de Santo Antônio, padroeiro municipal, que é comemorado dia 13 de junho. De acordo com a lei Nº 9.093 de 12 de setembro de 1995, os municípios podem ter no máximo quatro feriados municipais, já incluso neste, a Sexta-Feira Santa.
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Fonte de pesquisa:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Juiz_de_Fora
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Imagens:
Créditos de imagem ao fotógrafo Anderson Lima.

9 comentários:

  1. Olá, obrigado por usar uma imagem que produzi. Entretanto, venho pedi-lo para creditá-la à mim, como está requerido na licença de uso dela no Wikimedia Commons.

    Na forma atual, sem créditos, é uma infração de direitos autorais.

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  2. Olá querido Anderson!
    Obrigado você por me avisar,quando fiz esse blog,não tinha noção direito como era os direitos das imagens e para ser sincera não sei qual é sua imagem se você puder me dizer qual,colocarei junto a ela.Obrigado pelo aviso e me perdoe qualquer transtorno.
    Bjos...Claudia

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  3. Olá novamente, e obrigado pela rápida resposta. Foram utilizadas duas imagens, como se pode verificar em:
    http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Trem_no_bairro_Mariano_Proc%C3%B3pio.jpg
    e
    http://commons.wikimedia.org/wiki/File:%C3%94nibus_615_-_Encosta_do_Sol_no_ponto_ao_lado_do_IFET_Juiz_de_Fora.jpg

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  4. Olá querido Anderson!
    Obrigado pela gentileza de me mostrar qual era as fotos.Espero que você sempre volte por aqui e me deixe um olá,será sempre muito Bem Vindo e parabéns pelas fotos eu sou uma apaixonada por Minas Gerais,quer dizer também sou mineira e amo essa Terra maravilhosa.
    Mais uma vez Obrigado!Bjos.

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  5. Claudia,

    Um belo blog.
    Obrigado, Ivo Cesar.

    prosperitus@gmail.com

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  6. Você postou uma foto de um tal Vale sul shopping. Não existe este shopping em Juiz de Fora; aachei um com o mesmo nome em São José dos Campos. De onde você tirou este shopping em JF? Ele não existe...

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  7. Olá!
    Obrigado pelo aviso do shopping,através de pesquisas dizia que tinha,mas com sua informação eu retirei e fico muito agradecida.
    Volte Sempre!!
    Bjos.

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  8. José Maria Pereira de Souza2 de julho de 2012 às 20:38

    Sou natural de Juiz de Fora e como conheço bem minha cidade percebi que você foi zelosa na feitura do mesmo.
    Parabéns! Belo trabalho! Um dos melhores senão o melhor.
    Sucesso.

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