domingo, 5 de dezembro de 2010

Corumbá

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Corumbá é um município brasileiro da região Centro-Oeste, localizado no estado de Mato Grosso do Sul. Situada na margem esquerda do rio Paraguai e também na fronteira entre o Brasil, o Paraguai e a Bolívia, Corumbá é considerada o primeiro pólo de desenvolvimento da região, e por abrigar 60% do território pantaneiro, recebeu o apelido Capital do Pantanal, além de ser a principal e mais importante zona urbana da região alagada. Também é o maior município em extensão territorial do estado e o mais populoso centro urbano fronteiriço de todo o Norte e Centro-Oeste do Brasil.
A cidade sempre foi muito estratégica regionalmente para a entrada das mercadorias européias e sua localização, após a serra de Albuquerque (que finaliza o Pantanal ao sul), no último trecho facilmente navegável do Rio Paraguai para embarcações de maior calado e a beira do Pantanal, lhe garantiu um rápido e rico crescimento entre o final do século 19 e começo do século 20, quando a borracha da Amazônia passou também a ser exportada por ali. Era também um importante entreposto fluvial de Cuiabá e Cáceres, ambas importantes centros fluviais da região numa época em que só se chegava a Corumbá pelo rio, o que fez com que fosse centralizado temporariamente ali o parlamento estadual (nessa época por pouco Corumbá não foi a capital do estado). As disputas por território entre portugueses e espanhóis estão na origem da cidade cujo primeiro vilarejo surgiu em 1778, com o nome de Vila de Nossa Senhora da Conceição de Albuquerque. Corumbá é conhecida como cidade branca pela cor clara de sua terra, pois está assentada sobre uma formação de calcário, que dá a cor clara as terras locais.
É conhecida como a capital do Pantanal !
É a segunda cidade mais importante do estado em termos econômicos (depois da capital), a primeira em cultura e a terceira em população, depois de Campo Grande e Dourados. Constitui o mais importante porto do estado de Mato Grosso do Sul e um dos mais importantes portos fluviais do Brasil e do mundo. Existe uma conurbação de Corumbá com mais 3 cidades: Ladário, Puerto Suarez e Puerto Quijarro. Com isso existe uma rede urbana de cerca de 150 000 pessoas, sendo atendida por dois aeroportos: Corumbá e Puerto Suárez. Principal exportador de Mato Grosso do Sul em 2008, o município de Corumbá atingiu a condição de cidade mais dinâmica do Estado e 86ª dentre as 300 mais dinâmicas de todo o País, conforme o "Atlas do Mercado Brasileiro 2008", divulgado em junho pela Gazeta Mercantil. Segundo o IBGE, Corumbá possui um PIB de pouco mais de R$ 2bi. Com isso, o município ficou em terceiro lugar no estado, logo atrás da capital e Dourados. No Brasil ficou entre os 200 primeiros colocados. A cidade também ficou com o 324º maior potencial de consumo (IPC Target) entre todas as cidades brasileiras. Além disso, 95% dos professores municipais tem ensino superior.
"Cidade Branca"
"Capital do Pantanal"
"Capital Fronteiriça do Brasil"
"Capital Fluvial do Brasil"
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Situação da cidade de Corumbá na época em que a cidade tinha apenas o rio como meio de transporte
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História
A etimologia do topônimo Corumbá origina-se provavelmente no tupi kuru'mba, que significa "banco de cascalho".
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Origens
Dos registros arqueológicos e conhecimentos que se tem sobre o Pantanal, sabe-se que foi povoado por grupos indígenas das línguas Arawak, Guaicuru, Jê, Macro-Jê, Tupi Guarani e Zamuco. Sítios arqueológicos registram a presença dos povos indígenas que ocupavam a região antes da colonização. A diversidade de sítios, tanto de habitação, quanto de cemitérios, revela culturas amazônicas, da platina e do chaco.
No século XVIII, visando a um tratado de limites existente, foi fundado pelos espanhóis em 1774 um povoado na foz de Ipané. Em 13 de setembro de 1775 foi oficialmente fundado o Forte Coimbra para a defesa da região. Em 21 de setembro de 1778, efetuou-se a ocupação do local onde se localiza atualmente Corumbá (Em 2 de setembro o local onde se encontra atualmente Ladário começou a ser povoado). Nessa mesma data, a mando do Governador da Capitania de Mato Grosso (o Capitão-General Luís de Albuquerque de Melo Pereira e Cáceres), o sargento-mor Marcelino Rois Camponês, que comandava uma expedição militar, adquiriu a posse da região para a Coroa Portuguesa, fundando o local e batizando-o com o nome de Nossa Senhora da Conceição de Albuquerque, sendo então lavrado o termo de fundação.
Corumbá é considerada mais bela das cidades pantaneiras !
Em 7 de outubro de 1871, com o crescimento retomado, é elevada à categoria de vila. A comarca de Corumbá foi criada por Lei Provincial nº 1 de 10 de junho de 1873 (declarada de segunda estância) e instalada em 19 de fevereiro de 1874. Em 1877, Corumbá dispunha de três praças, dez ruas retas e sua população era de aproximadamente 6 mil habitantes. Em 15 de novembro de 1878, pela lei nº 525, é elevada à categoria de cidade. Já no fim do século XIX, o porto fluvial de Corumbá era o terceiro maior da América Latina e movimentava pelos vapores da rota Europa/Brasil o comércio de peles, charques e outras riquezas da região.
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Geografia
Corumbá está situada ao oeste do Estado de Mato Grosso do Sul, região do pantanal brasileiro (chaco). Ela abrange 60 % do pantanal sul mato-grossense e 37% do Pantanal brasileiro, sendo assim, considerada a capital do pantanal e a principal cidade às margens do rio Paraguai. Dentro do município está localizada a cidade de Ladário, que faz divisa apenas com Corumbá.
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Geografia física
Localização
Corumbá localiza-se na região do Pantanal sulmatogrossense e próxima da fronteira com a Bolívia, á beira do rio Paraguai. O município é também ponto de parada da ligação ferroviária entre o Brasil e a Bolívia, sendo a última cidade brasileira antes do território boliviano, do qual se separa por fronteira seca. Localiza-se a uma latitude 19º00'33" Sul e a uma longitude 57º39'12" Oeste, estando a uma altitude de 118 metros.
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Solo e relevo
Os solos do pantanal, em sua maioria, são arenosos e pobres com pequenas manchas argilosas e calcárias, mais ricas. Os plintossolos (tipo de solo mais encontrado no pantanal) são originários de sedimentos arenoargilosos do quaternário, são pobres em húmus, com a propriedade de endurecer irreversivelmente quando submetido a ambiente oxidante e, em geral, de baixa fertilidade. A maior limitação a uso destes solos é decorrente do excesso de água. São encontrados, com maior intensidade, em áreas planas e rebaixadas, sujeitas a inundações. As características geológicas e geomorfológicas da região são bastante peculiares, condicionando a formação de uma ampla diversidade de solos.
Considerando a forma de ocorrência dos solos na região, constata-se que nas áreas mais baixas e com topografia praticamente plana, constituídas por aluviões do rio Paraguai e seus afluentes, destacam-se a ocorrência de solos com marcante hidromorfismo como Glei Húmico e Glei Pouco Húmico, podendo ocorrer, também, algumas manchas de Vertissolo e Solonetz Solodizado. Nas áreas intermediárias, um pouco mais elevadas e menos sujeitas a inundações, predominantemente com relevo plano, suave ondulado e ondulado, destaca-se a ocorrência de Podzólico Vermelho-Escuro, Podzólico Vermelho-Amarelo, Brunizém Avermelhado, Brunizém, Regossolo, Vertissolo e Rendzina.
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Rio Paraguai no município de Corumbá.
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Hidrografia
Geologicamente é uma planície aluvial de formação recente do período quartenário (2,5 milhões de anos), que ainda está em processo de sedimentação. O leito sinuoso e curso instável dos rios formam um grande número de ilhas, algumas de até 1 200 km² de área. Além do curso principal do rio Paraguai que na época das cheias tem até 25 km de largura, as áreas inundadas se limitam as partes mais deprimidas do terreno, chamadas baías que geralmente assumem formas circulares ou elípticas. Entre uma e outra baía, as partes mais elevadas são chamadas "cordilheiras", onde o gado das fazendas se refugia quando as águas sobem. Os cursos que interligam as baías durante as cheias são chamadas vazantes, e recebe o nome de corixos quando são permanentes e podem ser navegados mesmo na época de estiagem. O regime de fluxo de águas subterrâneas nas rochas pré-cambianas está condicionado a existência de estruturas, que associadas às rochas carbonáticas, provocam a sua dissolução, criando aberturas maiores que facilitam o fluxo de água. As águas do rio Paraguai e do Canal do Tamengo, por apresentarem condutividade elétrica inferior a 250 mohm são classificadas como água com salinidade baixa.
De acordo com estudo realizado pela prefeitura de Corumbá a Bacia do Paraguai está inserida no contexto geológico do Geossinclineo Paraguai-Araguaia e é caracterizada pela ocorrência de aqüíferos de meio fissurado e de dissolução (cárstico), associados principalmente às rochas pré-cambianas do grupo Corumbá e Cuiabá. Sobreposto a este embasamento tem-se a ocorrência de uma extensa cobertura aluvionar de idade quaternária, representada principalmente pela formação Pantanal, que constitui um aqüífero de meio poroso.
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Clima
O clima da região de Corumbá é do tipo Aw — Clima Tropical Úmido, megatérmico, com inverno seco e chuvas no verão. Cabe salientar que em alguns locais é possível encontrar características climáticas que os enquadram no limite do Aw e BSh, isto é, entre um clima úmido e um clima semi-árido. Com chuvas de novembro a abril e seca de maio a outubro. Chove em média 100 dias por ano. Os meses de verão são extremamente quentes e os meses de inverno podem se caracterizar por muito frio.
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Geografia política
Área territorial
Possui atualmente área total de 64 960,863 km². A área urbana totaliza 21,57 km² segundo a Embrapa Monitoramento por Satélite. Sua área territorial total abrange todo o município de Ladário.
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Limites
Sul: Porto Murtinho, Paraguai
Leste: Aquidauana, Miranda, Sonora, Coxim, Rio Verde de Mato Grosso
Oeste: Bolívia
Norte: estado de Mato Grosso
Obs.: o município de Ladário não é limítrofe de Corumbá, pois fica inserido dentro deste
Arredores
O cotidiano formal e informal através das fronteiras
Corumbá possui 386 km de fronteiras com dois países: Paraguai e Bolívia, situação que é conhecida como tríplice fronteira. O primeiro contato com o território boliviano ocorre com o núcleo de Arroyo Concepción, ao lado da cancela divisória com os dois países e para se deslocar até lá são percorridos 7 km desde o Centro de Corumbá. Há uma linha regular de ônibus urbano que chega até o local. Na fronteira paraguaia são 38 km de fronteira em curso d’água (limites naturais que possuem descontinuidade no terreno com alguma barreira natural: rio, lagoa, serra, entre outros), sendo que o contato se faz pelo rio Paraguai, não existindo núcleos populacionais, apenas propriedades rurais que confrontam com as do Brasil. À revelia das causas institucionais e econômicas que provocam alterações nas oportunidades e reforçam a demarcação das fronteiras, foi estabelecido um pacto cotidiano informal de cooperação e parcerias entre as fronteiras, mas sem o reconhecimento dos países. Por um lado, é assimilado características culturais dos três países que marcam a identidade da população local. Por outro lado há o lado negativo do poder invadir os países vizinhos através da comunicação e/ou proprietários brasileiros que incorporam terras estrangeiras em seu patrimônio. 
A barragem e seus vertedouros.
Usina de Corumbá
Sendo fronteira contemporânea, Corumbá demarca a composição de territorialidade que une-se nos fluxos dos interesses de segmentos e a sua dinâmica, fundamentalmente, aproxima regiões avançadas, especialidades capacitadas tecnologicamente, locais inseridos no diálogo de relações mundiais, em um compasso de tempo cuja velocidade difere da lentidão de sua área, e criando redes de contraponto às relações internas constituídas na estrutura do Estado-nação. A organização vertical do território, quando assume importância extrema, opõe-se á sua organização horizontal e representativa dos interesses sociais.
Complexo do Pantanal e sua fauna e flora
O bioma Pantanal é a planície mais importante em áreas úmidas da América do Sul. Seu maior território encontra-se no Mato Grosso do Sul, é conhecido como Pantanal Sul e tem como porta de entrada a cidade de Corumbá. O Pantanal de Mato Grosso do Sul é reconhecido como uma das mais exuberantes e diversificadas reservas naturais do Planeta. A grande diversidade da fauna é um dos seus grandes atrativos: jacarés, peixes, capivaras, antas, cervos-do-pantanal, garça, arara-azul, tuiuiú, entre outros. O Pantanal recebeu os títulos de Patrimônio Nacional pela Constituição de 1988 e Patrimônio da Humanidade e Reserva da Biosfera pela UNESCO. Segundo a WWF (1999), existem no Pantanal 650 espécies de aves, 80 de mamíferos, 260 de peixes e 50 de répteis. É uma região de grande importância para preservação da biodiversidade, considerada um dos maiores centros de reprodução da fauna da América. Já foram catalogados ali mais de 263 espécies de peixes, 122 de mamíferos, 93 de répteis, 1132 de borboletas, 656 de aves e 1700 de plantas.
Foto aérea da usina de Corumbá.
Usina de Corumbá
A inserção de Ladário dentro de Corumbá
Ladário localiza-se a leste de da zona urbana de Corumbá, sendo ela seu único vizinho, pois fica inteiramente dentro da área deste, além de depender economicamente dele. Juntas, Corumbá e Ladário somam 118 865 habitantes.
Fuso horário
O fuso horário é de menos uma hora com relação a Brasília e de menos quatro horas ao Tempo Universal Coordenado.
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Economia
Apesar do seu forte e competitivo segmento agropecuário, sua economia é bastante diversificada, se destacando também as atividades de mineração, pesca e turismo, comércio e serviços. A arrecadação municipal segue a tendência das grandes capitais do país, sendo predominante às receitas proveniente dos setores de comércio e serviços (27,35%). Essa tendência é explicada pelo fato desses serem os setores da economia que mais agregam valores em seus produtos. O município é o terceiro em arrecadação de ICMS no estado. Os dados da Sefaz (Secretaria de Estado de Fazenda) apontam que a movimentação econômica de Corumbá saltou em 36%, passando R$ 1,88 bilhão no ano de 2006 a R$ 2,55 bilhões em 2007, crescimento mais expressivo de Mato Grosso do Sul. Quanto às exportações, os dados de janeiro a julho indicam que Corumbá remeteu a outros Países US$ 232,8 milhões, o quádruplo do acumulado de janeiro a julho de 2007, passando a frente de Campo Grande e Dourados no ranking de exportadores.
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Foto aérea recente da usina de Corumbá.
Usina de Corumbá
A influência econômica de Corumbá
Geograficamente, Corumbá se identifica como espaço regional central e nacionalmente periférico. Em função da ação do sujeito (homem) que interfere no objeto (território), e a cada interferência ocasiona transformações nas estruturas demográficas, sociais, ambientais e econômicas, sugerindo novos cenários e envolvendo novos agentes e atores. A identificação do espaço geográfico local com os seus elementos, formas e funções muito específicas e estimulantes, ocorre em razão da necessidade de apreender um espaço que tem se inscrito na história precedente e recente de forma peculiar. Entre ciclos de destaque econômico e de decadência, esta cidade fronteiriça (detentora de uma riqueza biótica de fundamental relevância (o Pantanal) e possuidora de jazidas de manganês e ferro, além de diversos outros atributos) enfatiza os matizes sutis da Geografia, notadamente na dimensão da dinâmica territorial e ambiental. Os cenários de desenvolvimento reservam para a cidade uma face de privilegiada posição geográfica que garante relevante papel central na geopolítica regional frente aos países vizinhos e ao Brasil. A cidade tem grande potencial para exercer funções de maior relevância em razão da privilegiada situação geográfica e do contexto da rede urbana à qual pertence como: relações intercontinentais, centro agro-industrial (para agregar valor a atividade pecuária), segurança nacional, centro de referência de estudos históricos, arqueológicos e biológicos relativos ao Pantanal, estado, região e país. 
Chegando-se às seguintes constatações que devem ser ponderadas:
Potencial econômico real, mas necessita de um planejamento estrutural para viabilizar um projeto que envolva as dimensões sociais, ambientais, políticas e culturais.
O Pantanal se inscreve no cenário global como Reserva da Biosfera e, no entanto, nas escalas local e regional, encontra-se limitada à exploração econômica da pecuária em nível local e à expansão da fronteira agrícola no nível estadual.
O desmatamento do cerrado (planalto), o manejo agrícola inadequado, a destruição da mata ciliar resultou, entre outros fatores, na erosão de solos no planalto e no aumento significativo de carga de partículas sedimentáveis de vários afluentes do rio Paraguai, e também agravando-se o problema de contaminação dos diversos rios com biocidas e fertilizantes.
Uma infra-estrutura adequada (estradas conservadas, frigoríficos para abate na cidade, respeito da identidade nativa, exploração adequada dos minérios, entre outros) dentro de um enfoque macroeconômico e sustentável agregaria valor ao produto e faria a inclusão social e o desenvolvimento sustentável, rompendo-se o estado de inércia que se encontra.
No foco da gestão ambiental, a legislação das duas escalas políticas (federal e estadual) é farta e se encontra provida de um arsenal de disposições na área, e contraditoriamente não se presta ao uso imediato, pois dependem de regulamentações.
A adequação de atividades econômicas no Pantanal surgiu do processo de conquista e aniquilamento dos índios guatós e guaicurus por sertanistas. E da mesma forma continua-se desrespeitando e discriminando etnias.
Os agentes e atores permanecem negligenciando ou até se omitindo nas soluções e providências para mudar oproblema da dinâmica e organização territorial, social e econômica.
Importância no Brasil e no mundo
Economicamente Corumbá já foi bem mais importante que hoje. Possuia o maior porto fluvial da América Latina e o terceiro maior de um modo geral, além de já ter sido também o principal e mais importante centro comercial da região Centro-Oeste entre 1880 e 1930. A cidade é considerada o embrião do Mercosul, pois foi a primeira a manter relações comerciais com países vizinhos, em especial Paraguai e Argentina. A retomada do desenvolvimento econômico começa a ganhar visibilidade. Com mais de 230 anos, a cidade prepara-se para um grande surto de crescimento com a implantação de seis megaprojetos: a volta do Trem do Pantanal, a pavimentação da rodovia Santa Cruz-Corumbá, a construção da Termopantanal, a construção do Polo Minero Siderúrgico, a hidrovia do Paraguai e a conclusão do gasoduto Bolívia-Brasil, entre outros investimentos de grupos empresariais que prometem alavancar a economia local. A América Latina, com a função de mercado especializado, teve um papel fundamental como região de fornecimento de matérias-primas e produtos coloniais (açúcar, café, tabaco, algodão, entre outros). 
A bacia platina, por impulso das relações dinâmicas do mercado importador-exportador, despertou um processo de ocupação e conquistas de suas fronteiras internas (tanto que, em 1912, o presidente de Mato Grosso declarou que grande área da província se encontrava desocupada e que havia necessidade de braços para a lavoura). Corumbá, por ser economicamente vulnerável, tornou-se permeável de todo tipo de influência externa, tanto econômica, quanto político, cultural e social. No pós-guerra de 1945, a repercussão do contexto global manifestou-se na pecuária, através de investimentos de produtores rurais regionais, substituindo os investidores estrangeiros, e dessa maneira pôde-se passar a exportar carne (seca e salgada) bovina através da Bacia do Prata para os Estados Unidos e Europa (especialmente Reino Unido).
A inclusão de Corumbá nos circuitos comerciais e produtivos globais ocorre a partir da conjuntura que é marcada pela crise industrial desenvolvimentista e aposta na dotação da economia nacional e estadual. Nesse contexto, a redefinição dos meios de transporte, a reestruturação do sistema produtivo e a ligação com os países dos diversos blocos regionais lhe conferem uma maior capacidade. O processo de globalização reativa a competição entre os territórios para a captação de capitais, informações e fluxos de bens, que circulam em volumes cada vez maiores no espaço econômico mundial. Apesar do conjunto de fatores favoráveis para a potencialização de seu desenvolvimento, marcou passo ao longo da sua história caracterizando-se por ciclos econômicos intermitentes, que ora a colocou na condição de centro e ora na condição de periferia. E ao longo dos tempos não houve diretrizes locais, estaduais e nacionais que possibilitaram iniciar um pocesso de desenvolvimento sustentável que fizesse a cidade romper com o problema da estagnação socio-econômica que por conseqüência lhe trouxe a condição de cidade periférica, apesar da arrecadação captada em função de sua importância central e histórica para o Brasil, de patrimônio natural da humanidade e reserva da biosfera e das obrigações em função desse status, que era ambicionado por outras regiões de Mato Grosso do Sul. E a forma geográfica como Corumbá tem-se inserido na dinâmica territorial nacional ora reproduz um espaço de relevância central, podendo ser exemplificado com alguns objetos espaciais (Bioma Pantanal, Patrimônio Histórico Nacional, eixos de acesso ferroviário, rodoviário e fluvial além do transporte aéreo, Maciço do Urucum, onde se localizam importantes jazidas de minério de ferro e manganês), e ora reproduz um longínquo posto fronteiriço inserida às atividades ilícitas e sem diretrizes para o seu desenvolvimento, determina a sua real importãncia nacional.
Essas novas fronteiras acabam por determinar espaços e definir as posições entre ricos e pobres, dominantes e dominados, industrializados e periféricos. Dessa maneira, aumentaram as especializações economicas de periferia (especializações referentes aos ciclos de exploração que fez algumas regiões isoladas do Brasil e América Latina conheceram a prosperidade, chegando a ostentar sinais evidentes de riqueza), com a manutenção das atividades tradicionais, é uma das razões do fracasso da industrialização em regiões periféricas, considerando o estabelecimento da divisão internacional do mercado. Uma dos grandes feitos do capitalismo imperial na América Latina foi a demarcação dos espaços fronteiriços para poder usar toda a infra–estrutura viária disponível para expandir o mercado. Dessa forma, incorpora-se econômica e territorialmente esses mercados. O desenvolvimento do capitalismo acabou iniciando um processo de relações centro-periferia. O desenvolvimento do processo produtivo local tem ligação com o movimento global do sistema capitalista na América do Sul, focalizando o Brasil e os outros países incluídos no bloco regional do Mercosul (Argentina, Paraguai, Uruguai, Chile e Bolívia), isto porque neste caso a dimensão da região deve ser focada pela articulação dos agentes do comércio inter-regional, e estes compreendidos pela região pressupondo a diversidade das relações internacionais com o mercado global. Tal articulação não é apenas espacial, mas, sobretudo, detalhada (econômica, social e cultural): Corumbá fez parte da economia de mercado exportador que predominou em todas as ex-colônias hispânico-lusitanas e também tinha grande vinculação ao mercado emergente global. A inclusão definitiva de Corumbá ocorreu com a abertura da navegação do rio Paraguai para países da Europa e da América do Sul, como parte do processo de internacionalização da economia, a partir da segunda metade do século XIX, num contexto de ampliação de mercados, em função das transformações operadas no processo industrial e com capacidade aparentemente ilimitada do capital de promover o crescimento e a acumulação econômica.
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Corumbá
Importância regional
Corumbá, com 100 mil habitantes e 1 relacionamento direto, é um Centro de Zona A. Nível formado por cidades de menor porte e com atuação restrita à sua área imediata; exercem funções de gestão elementares. Corumbá é uma das 192 cidades no Brasil com a classificação Centro de Zona A.[15] A cidade exerce influência sobre o município de Ladário (Centro Local). Corumbá é o único centro urbano de significância relativa no Pantanal, exercendo na região as seguintes funções: comerciais (entreposto de exportação, entreposto comercial regional, comércio de abastecimento para as cidades bolivianas da fronteira e compras), industriais, de serviços (educação e capacitação profissional, administrativos, religiosos, de saúde, militares e sanitários, inclusive para o lado boliviano), cultura (centro de integração cultural fronteiriço e serviços de cultura para a população fronteiriça), turismo e eventos.
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Pantanal Corumbá
Corredor bioceânico
Estrategicamente Corumbá está localizada no extremo Oeste de Mato Grosso do Sul, dispõe de eixos viários que permitem inserir o espaço geográfico, podendo integrar uma rede de influência com os países da América do Sul, chegando até o oceano Pacífico, por um lado, e até o oceano Atlântico, por outro. Chamamos a atenção para o fato de que o transporte de mercadorias por containers reforça a viabilidade destes corredores.
A inserção de Corumbá e do Pantanal na escala planetária
Corumbá se integra com vistas aos portos do Oceano Atlântico e Pacífico através de dois eixos de integração:
Eixo de integração continental para o Atlântico
No fim da primeira metade do século XIX, foi concedida autorização para a livre navegação na rede do rio Paraguai e seus afluentes, possibilitando o contato interno com a fronteira sul regional, através dos rios Apa, Aquidauana, Taquari e Miranda, através da via fluvial platina, proporcionando a comunicação fluvial e o intercâmbio de mercadorias entre os países da bacia platina (Argentina, Paraguai e Uruguai). Em razão dessa comunicação, Corumbá se integrou aos portos do Oceano Atlântico.
Este sistema viário vem sendo muito utilizado, permitindo o acesso até países da Europa, pois existe relação comercial de Mato Grosso do Sul com o bloco regional da União Européia (UE), favorecendo também a integração fluvial do Brasil pelo rio Paraguai até a Argentina e Uruguai. Schabib Hanny aponta como se processa esta conectividade com a Bacia do Prata: ... o sistema fluvial da Bacia do Prata (rio Paraguai), que está conectado ao porto de Buenos Aires através de Corumbá (Mato Grosso do Sul), no Brasil, tem uma extensão total de 2.771 km, dos quais apenas 48 km estão em território boliviano (Puerto Quijarro). A Bolívia usa atualmente o terminal portuário intermodal de Ladário (Mato Grosso do Sul), no Brasil, para o embarque de minérios e produtos agropecuários do Norte de Santa Cruz para exportação. Apesar disso, os produtos brasileiros oriundos da região fronteiriça do Brasil, atualmente exportados pelos portos do Atlântico, estão com a sua competitividade ameaçada. Além dos longos percursos rodoviários, a má conservação das estradas está causando o encarecimento dos fretes. Por outro lado, as tarifas portuárias em Santos e em outros portos do litoral brasileiro são consideradas muito altas para padrões mundiais, além do congestionamento verificado.
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Queda d
Eixo de integração continental para o Pacífico
O Brasil vem incrementando o seu comércio exterior com os países do Oriente, mas necessita cada vez mais de saídas rodoviárias para o Oceano Pacífico, em estradas pavimentadas e confiáveis, de molde a baratear os fretes globais. Os mercados do Pacífico, em especial os do Japão, China e os dos Tigres Asiáticos (Coréia do Sul, Taiwan e Cingapura), vêm crescendo progressivamente, especialmente o da China. Por outro lado, a produção de grãos nas regiões Centro-Oeste e Norte vem crescendo ano após ano em proporções surpreendentes. O eixo de acesso ao oceano Pacífico se concretizou depois da implantação da ferrovia que liga o Brasil à Bolívia, na década de 1950 e favorece a integração do Brasil com dois países andinos (Bolívia e Chile), utilizando acesso terrestre do Brasil (Corumbá) ao porto de Arica, localizado na cidade de mesmo nome, no Chile. A integração é possível por via terrestre, pela Bolívia, utilizando sistema ferroviário ou rodoviário, e no Chile (a comunicação se dá por sistema rodoviário, com os quais pode se manter acordos que promovam a integração social, cultural, econômica e política).
Rio Paraguai
Rio Paraguai
 O trecho rodoviário Campo Grande – Corumbá – Santa Cruz possui 1.090 km. Por outro lado, a extensão de ferrovia para cobrir o mesmo trecho é de 1.114 km. O percurso rodoviário equivalente ao ferroviário (em termos de custo de transporte) é de 1.114 x 0,514 = 573 km. Assim sendo, pode-se considerar que, usando-se a ferrovia em vez da rodovia neste trecho, teremos uma economia teórica de: 1.090 – 573 km = 517 km. Esta extensão deverá ser abatida das extensões apontadas no item B1 acima.
Entre os produtos a serem exportados da região de infuência dos corredores para o Pacífico aqui estudados, abrangendo os Estados ( ou parte deles) de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Amazonas e Acre, podemos citar: Produtos Agrícolas com ou sem beneficiamento (soja, milho, arroz, açúcar, cacau, café, frutas, etc.), Produção extrativista vegetal (madeira beneficiada, borracha, castanha, etc.), Carne frigorificada (de boi e de frango) e Produtos industrializados.
LINDA PRAÇA, LEMBRO DOS NAMOROS
As saídas para o Pacífico possuem uma característica única, que as diferenciam das demais. Elas são de molde a proporcionar uma reversão de expectativas em toda a região fronteiriça brasileira situada dentro das suas regiões de influência. Em outras palavras, colocam em situação mais privilegiada em termos de desenvolvimento potencial as regiões mais afastadas dos grandes centros colonizados, tendo em vista que quanto mais afastadas, mais próximas estarão dos portos oceânicos no Pacífico. Saídas rodoviárias para os portos do Pacífico através da Bolívia, permitiriam economizar percurso a partir de zonas produtoras, diminuir os tempos totais de viagem dos produtos, além de promoverem o intercâmbio regional com os países vizinhos, possibilitando o tráfego de mercadorias e passageiros. Sem uma infra-estrutura adequada que garanta o transporte internacional e sem energia para as agroindústrias se estabelecerem, os acordos comerciais regionais terão muita dificuldade para prosperar.
Porto de Corumbá em Agosto 2010
Porto de Corumbá
Sem adequadas saídas para o Pacífico, o Brasil perde valiosas rotas para participar deste comércio crescente. Além disto, estas saídas facilitariam também o intercâmbio com a costa oeste dos EUA, bem como impulsionariam o comércio regional na America do Sul.
Trabalhadores e profissionais
Acolhe um grande número de profissionais liberais, empreendedores e entidades ligadas ao agronegócio, indústria e comércio. A população economicamente ativa em Corumbá, na faixa etária que atinge dos 18 aos 65 anos, totaliza 40.582 pessoas (25.674 homens e 14.908 mulheres). É no setor terciário (especialmente comércio de mercadorias e prestação de serviços) que há maior fluxo de contratações empregaticias. O mercado de trabalho em Corumbá começou a se aquecer nos últimos anos em função da instalação do Pólo Gás-Químico (Termopantanal), do Pólo Siderúrgico da Rio Tinto e dos alto fornos construídos pela EBX. Todavia, apresenta alto índice de desempregados, na faixa dos 24,46%.[16] A necessidade de buscar qualificação profissional e estudo de nível superior de cursos não disponíveis na cidade de Corumbá provoca a saída de jovens para centros produtivos maiores do estado e do país (principalmente Campo Grande, Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo), provocando uma mudança no perfil demográfico constituído pela falta de mercado. Seu poder de consumo é de 0,04% (est. 2005).
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sunset
Agricultura e pecuária
Com cerca de 10% da população vivendo na zona rural, o município tem no campo uma importante fonte de renda. A produção agrícola baseia-se nas culturas do arroz, milho, mandioca, tomate, feijão, algodão herbáceo, banana e cana-de-acúcar. A produtividade ultrapassa as 15 mil toneladas anuais. As condições edafoclimáticas da região são favoráveis à agricultura, entretanto, apresenta algumas limitações em relação ao clima, principalmente no período chuvoso (dezembro a fevereiro), onde ocorrem veranicos (períodos secos); dificultando o sucesso da produção agrícola. Também são favoráveis à agricultura intensiva, mas a deficiência de água, em grande parte devida ao baixo índice pluviométrico, dificulta o sucesso da produção agrícola. Existem áreas inundáveis, bem como áreas semi-áridas com dificuldade de estruturar um sistema de irrigação. Dessa forma não seria possível desenvolver culturas permanentes como é o caso de um grande número de espécies frutíferas. O município é o quinto produtor de lã e o quarto produtor de mel de abelha do estado.
A região de Corumbá apresenta grande aptidão também para a pecuária, possuindo os maiores rebanhos ovinos, eqüinos e asininos de Mato Grosso do Sul. O rebanho bovino, que totaliza 1.811.254 cabeças, continua obtendo a 1ª posição entre os 5.564 municípios brasileiros.
PANTANAL - CORUMBÁ
Indústria e mineração
Apesar de o setor industrial ser incipiente, a arrecadação por ele gerada supera os setores de pecuária e agricultura, característicos do estado como um todo. Na indústria de transformação, é representativa a produção de cimento, calcário, laticínios e os estaleiros. Segundo o IBGE, Corumbá tem um total de 98 indústrias de transformação. Principais Ramos: Industria extrativa, entreposto de pescado, frigorífico de bovinos, produção de cimento, produção de concreto, calcário, mineradoras, metalúrgica, produtos alimentícios, minerais não metálicos, editorial e gráfica, madeira, perfumaria, sabões e velas, álcool etílico e vinagre.
Outra atividade industrial importante é a extração mineral (extração da Mineração Corumbaense Reunida (extração de ferro), Urucum Mineração (extração de manganês) e da fábrica de cimento Itaú (extração de calcário, extração de areia e fabricação do cimento)). Em razão da natureza das suas rochas, o Maciço do Urucum possui grandes reservas minerais, que se destaca o manganês (possui a maior reserva do Brasil) e o ferro (terceira maior do Brasil). A exploração ali começou em 1930. No caso da Ferroligas, apenas é feito o beneficiamento do manganês. O manganês é extraído das minas subterrâneas do Maçiço do Urucum e o ferro á céu aberto. No caso do manganês, suas minas estão entre as maiores do mundo, podendo ser extraído 30 milhões de toneladas. Corumbá também é a maior produtora dos seguintes minérios: dolomito, cristal de rocha, areia, argila, água mineral, calcita ótica e industrial, cobre e mármore.
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Centro comercial
Comércio
Segundo o IBGE, em 2006 foram 1.080 estabelecimentos comerciais em toda a cidade. Em Corumbá não há shopping Center, mas possui vários outros centros de compras menores que são chamadas de galerias, além de supermercados, hipermercados, lojas de conveniências, mercados e mercearias. Do outro lado da fronteira há uma zona franca com vários centros comerciais e shopping centers (Dutty Free) que vendem produtos á preços bem mais baixos que do lado brasileiro, inclusive alimentos.
Serviços
Corumbá é uma cidade estruturalmente completa em matéria de serviços, pois na cidade está sediada também de um aeroporto internacional, porto de cargas, bancos, restaurantes, bares, danceterias, escolas, órgãos públicas importantes (Ministério da Defesa, Ibama, Embrapa, Polícia, Receita Federal, entre outras) para o atendimento e bem-estar da população e turistas.
Bancos
Corumbá e Ladário dispõe de um total de 9 agências bancárias, sendo 7 agências comerciais e 2 públicas (Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil).
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Galeria Pantanal
Ensino
A rede de ensino básico de Corumbá ainda é reduzido, contando com poucas unidades de ensino básico, médio, superior e de exercício da cidadania. As taxas de evasão e repetência tem diminuído no município no ensino fundamental e médio em razão dos investimentos públicos efetuados. São ao todo 65 escolas de ensino fundamental e técnico e 2 escolas de ensino superior.
Hospedagem
Em seu porto fluvial (um dos maiores da América do Sul, era usado para escoar as riquezas da cidade no passado), ficam atracados 52 barcos-hotéis, alguns de luxo. Além dos barcos-hotéis, Corumbá possui mais 4 mil leitos em seus hotéis, que totalizam cerca de 40 unidades.
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Santa Casa de Corumbá
Meios de transporte
Corumbá (e Ladário) está localizada no extremo oeste do estado de Mato Grosso do Sul em uma região afastada dos grandes centros mais desenvolvidos e consumidores. Seu complexo sistema intermodal de transporte inclui linha aérea, rodovias, Estrada de Ferro e o rio Paraguai, ligando a cidade ao resto do país e a interligação com Distritos, vilas, lugarejos, sítios e fazendas pode ser feito por estradas pavimentadas e não pavimentadas que permitem acesso durante todo o ano.
Rodovias: BR-262 e Estrada Parque Pantanal (turística).
Rodoviário: Automóvel (BR 262) e ônibus (Opera na rodoviária 2 empresas).
Aéreo: Possui um aeroporto internacional que é o 2° do estado (Pista: 2000 m, Área de Embarque: 2.400 m², Distância do Centro: 3 km).
Transporte Urbano: Ônibus, Mototáxi e Táxi.
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Sistema de saúde.
Saúde
Seu sistema de saúde atende também a cidade de Ladário e a República da Bolívia, o que muitas vezes sobrecarrega as unidades de saúde que se localizam dentro de Corumbá. A cidade tem melhorado gradativamente sua cobertura de saúde.
Corumbá e Ladário dispõe de 90 unidades de saúde (82 e 8 respectivamente), sendo 3 hospitais e 1 pronto-socorro, distribuídos entre públicos e privados. As principais unidades de saúde são: HEMOSUL, Hospital Evangélico Bom Pastor, Hospital Naval de Corumbá e Ladário, Pronto Socorro Municipal, Santa Casa de Corumbá, SAMEC.
Com relação ao númerode leitos, Corumbá e Ladário oferecem um total de 236 leitos hospitalares (196 e 40 respectivamente), que se dividem em 145 (143 e 2 respectivamente) pelo SUS e 91 (53 e 38 respectivamente) privados.
PANTANAL - CORUMBÁ
Segurança
Defesa
A defesa é feita pelo Exército Brasileiro, Marinha e Aeronática. É marcante no município, desde sua fundação, a presença das forças armadas, por ser cidade de fronteira. A segurança nacional é realizada pelas seguintes unidades
Comando do Exército: 3ª Companhia de Fronteira de Forte Coimbra, 17º Batalhão de Fronteira, Comando e Companhia de Comando da 18ª Brigada de Infantaria de Fronteira e Posto de Saúde de Guarnição de Corumbá
Comando da FAB: CINDACTA II, DAC, Infraero
Comando da Marinha: 6º Distrito Naval
Segurança pública
Possui uma Delegacia de Polícia Federal, por se tratar de um ponto estratégico e rota do tráfico de drogas. Os trabalhos da Polícia Federal nessa região são intensos, e a infra-estrutura é completa, com policiais especializados em trabalhos seja dentro da cidade, seja no Pantanal ou nos rios. Além da PF, possui um comando da Polícia Rodoviária Federal, que faz a fiscalização na BR-262.
Também há a presença da Polícia Civil, com sua delegacias e departamento especializados, além da Polícia Militar (representado pelo 6 BPM) que faz o trabalho ostensivo e repressivo no combate a criminalidade na cidade. A ronda é feita pela Guarda Municipal.
Cristo em Corumbá
Cristo em Corumbá
Demografia
A população de Corumbá se mantém em crescimento quase constante, desde 1980, com taxas médias geométricas de crescimento anual abaixo de 2%, segundo os resultados dos Censos Demográficos de 1980, 1991 e 2000, nos quais se verificam taxas de 0,78%, 0,76%, e 1,81%, respectivamente. Nos últimos anos, em razão de uma melhor qualidade de vida, a população está envelhecendo e a taxa de fecundidade está diminuindo.
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Condição social
Abastecimento hidráulico: o rio Paraguai é a principal fonte de abastecimento de água para as comunidades urbanas das cidades de Corumbá e Ladário, uma vez que o rio Paraguai ainda mantém boa qualidade ambiental. Sua captação é feita por três motobombas (duas operando e uma fica na reserva). Por hora são retirados 1400 m3 de água bruta do rio e depois enviados até uma estação de tratamento distante cerca de 3 km do rio através de uma adutora de 600 mm de diâmetro. Parte dessa (350 m) fica exposta pelo caminho. Já o abastecimento de água potável é razoável, atingindo cerca de 90% das residências, índice bastante elevado. Nos assentamentos existe a irregularidade de abastecimento da água.
Educação: o total de crianças na escola é de 89,61% e o analfabetismo é de 8,5%.
Forte Junqueira - Corumbá/MS
Forte Junqueira
Energia elétrica: o sistema elétrico que atende Corumbá e região encontra-se incorporado ao Sistema Interligado Sul/Sudeste/Centro-Oeste do país, o que representa sua elevada importância e seu significativo grau de confiabilidade. Apesar de haver necessidades de ampliação da rede elétrica para residências e indústrias, é na zona rural que esse serviço é mais necessitado. Nos últimos anos essas deficiências diminuíram. Desde 2001 opera no município uma usina termelétrica que utiliza o gás natural boliviano trazido pelo Gasoduto Brasil-Bolívia, a Termo Pantanal. Há previsão de construção de uma usina separadora em Puerto Suárez para a transformação do gás natural em gás seco e este será canalizado até Corumbá para consumo de energia industrial. O gasoduto delega um dos maiores investimentos destinados para todas as regiões por onde ele atravéssa. Tendo contrato inicial de 20 anos, possui potencial para promover vários investimentos públicos. A perspectiva promissora para Corumbá é de desenvolver o setor econômico com a disponibilização de energia elétrica em abundância através da implantação de sua termelétrica.
Habitação: o número de imóveis em Corumbá e Ladário é de 30.118 unidades (27.504 e 3.604 respectivamente) (dados do IBGE de 2000), entre residências e apartamentos. O déficit habitacional está em torno de 4.500 moradias, principalmente nas famílias menos favorecidas, com tendência de favelização na periferia. Nos últimos anos está havendo uma mudança nesse quadro, com investimentos das autoridades em moradia.
PANTANAL - CORUMBÁ
Pantanal
Saneamento: no caso do esgoto saído das casas, a situação está crítica, em razão do esgoto ter como destino final as galerias pluviais que dão direto ao rio Paraguai. Em breve a cidade vai ganhar seu próprio sistema de saneamento básico, que resolverá mais de 80% do problema.
Coleta de lixo: seu destino final é um lixão a céu aberto. No caso dos assentamentos, não existe coleta de lixo e este é queimado ou mesmo deixado á céu aberto. O lixo hospitalar também é queimado. Mas isso está mudando, pois em breve Corumbá terá seu primeiro aterro sanitário.
Índice gini: 0,620 (est. IBGE 2000)
Saúde: seu índice de sobrevivência em crianças de 0 á 6 anos está em condições intermediárias. A mortalidade infantil é de 32,10 por mil.
Migração e imigração
Corumbá estava em contínuo progresso e seu porto era atracado por embarcações nacionais e estrangeiras de grande calado. Com o impulso do desenvolvimento local, mais estrangeiros foram chegando. Com isso já havia na cidade uma enorme composição de estrangeiros, que chegaram a superar numericamente o número de brasileiros.
Morros - Corumbá, MS, Brasil.
Morros
Brasileiros
Em seu espaço de fronteira de linhas fictícias, permeado de indígenas, é palco de fluxos populacionais oriundos de outros lados do país, como cariocas, paulistas, nordestinos, mineiros e sulistas, confirmando assim seu caráter cosmopolita.
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Pórtico de entrada de Corumbá.
Urbanização
Possui uma taxa de urbanização muito elevada, atingindo cerca de 90%. Atualmente, a população de Corumbá ultrapassou os 95 mil habitantes, colocando sua classificação de cidade média-pequena para média. O alto grau de urbanização da população é retratado na arrecadação do Imposto sobre Propriedade Territorial Urbana, 22,35% da renda municipal, e a prestação de serviços, 27,35%, indicando que a população é beneficiada pela prestação de serviços diversos como abastecimento de água e esgoto, telefonia fixa e móvel, dentre outros. Conserva prédios e casarios de influência européia, com suas histórias, costumes e tradições.
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Av. General Rondon.
Divisão urbana
Ao mesmo tempo que a cidade, com os primeiros grandes edifícios, ensaia sua concentração vertical, ela amplia seu perímetro urbano em direção a via de acesso a Ladário. Corumbá estende-se por dois níveis:
Parte baixa
Está situada embaixo da elevação calcária e se comunica através de duas ladeiras, com uma elevação de mais ou menos 60 metros (esta parte que estava em contato com as águas do rio é o Porto Geral, conhecida também como Casario do Porto). É compreendido principalmente pelas vias: Rua Manoel Cavassa, Ladeira José Bonifácio, Ladeira Cunha e Cruz, Travessia Mercúrio e Travessia do Beco da Candelária. Possui edificações do final do século XIX e início do século XX com notável valor arquitetônico, como o Edifício Wanderley Baís & Cia e o Edifício Vasquez e Filhos. E era aí também que estavam o alto comércio e onde existiam as casas maioristas de importadores e exportadores. Também haviam importantes edifícios públicos e comerciais que se elevavam até três andares, como a Alfândega, a Mesa de Rendas do Estado, entre outros.
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Receita Federal situada na linha divisória entre Brasil e Bolívia.
Parte alta
Mais nova e bem maior, apresenta a forma de tabuleiro de xadrez e está situada sobre a elevação calcária. É compreendido principalmente pelas vias: General Rondon, Antonio Maria Coelho, Frei Mariano, XV de Novembro e Sete de Setembro. Somente na parte alta, foram criados cerca de 20 bairros, que crescem e se desenvolvem cada vez mais. É ali que se localizam as casas de bazar, bijuterias, relojoarias, bebidas, modas, drogarias, farmácias, livrarias e papelarias, ou seja, o comércio retalhista e o varejo. Teve suas edificações erguidas, em sua maioria, no início do século XX. O mapa da cidade, de 1914, se resumia no quadrilátero entre as Ruas Oriental e Ocidental (hoje Edú Rocha), e a Colombo até a Avenida Marechal Rondon. As edificações antigas, que formam o conjunto arquitetônico, entretanto, estão na Marechal Rondon, Antonio Maria Coelho, Frei Mariano, XV de Novembro e Sete de Setembro. Encontravam-se também imponentes prédios como a Escola Estadual, o quartel do 13° Distrito Militar, a Sociedade Beneficente Italiana, a Intendência Municipal, o Correio, Telégrafo, Quartéis, a Igreja local e a Escola dos Padres Salesianos, entre outros.
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Região Sul de Corumbá.
Construções históricas
Do ponto de vista urbanístico, não tem nenhuma semelhança com as antigas cidades brasileiras (onde predominam o romântico estilo colonial português). Sua arquitetura foi erguido pelos comerciantes e é baseada em art-noveau e no neoclássico italiano, sendo o mesmo estilo existente na parte central de Assunção, nos subúrbios antigos de Buenos Aires, nas cidades do interior do Uruguai e a maioria das cidades gaúchas da Campanha. Em razão disso, tem características de uma cidade platina dentro do Brasil. Atualmente a arquitetura corumbaense mescla o antigo e o moderno. A cada dia surgem novas e modernas edificações no município, que é dividido em três setores: o centro, a parte baixa, no beira rio, e a parte alta, após os trilhos da Rede Ferroviária e próxima as morrarias.
Corumbá possui uma arquitetura de época que procurava soluções mais baratas, sendo que vários edifícios que sofreram influência eclética. Sendo um misto de várias referências de época, possuia casarões com estrutura metálica e paredes de pedra (alguns dispondo no começo do século de elevadores hidráulicos e banheiras nos pavimentos superiores e banheira que eram enchidas com água trazida do rio ali na frente). Havia telhados com quatro águas, sacadas apoiadas por consolos ou cachorros, platibandas com balaústres. Possuia também elementos decorativos que ficavam na fachada frontal que compunha uma linguagem de arquitetura de forte influência histórica européia.
Morro do Cruzeiro e arredores, Corumbá, MS, Brasil.
Morro do Cruzeiro e arredores.
A chaga dos problemas urbanos
O cenário local se encontra num contexto sócio-espacial que determina um território com uma vasta descrição de elementos espaciais que o modelam e implicam no arranjo (ou rearranjo) dos processos locais e regionais, tendo em vista uma situação fragmentária que se desenha diante da fragilização da economia e que se agrava em razão dos tempos exigentes de velocidade decorrentes dos requisitos da competitividade do sistema capitalista selvagem.
Contraditoriamente, a estruturação do espaço regional é fragmentada pela exclusão e desigualdade social e econômica, além dos conflitos gerados em função da falta de um sistema produtivo que envolva toda a população da região, aproveitando o potencial de funções possíveis que podem ser disponibilizadas à sociedade. Na região a modernidade coexiste com o anacronismo que abarca o conjunto de práticas e conceitos da época dos pioneiros, e tal situação decorre da abismal desigualdade social: os nativos acabam engrossando a periferia urbana, já que seu território foi invadido e posteriormente expulsos, ficando nas cidades sem identidade cultural e sofrendo discriminação, devido às dificuldades de adaptação aos trabalhos que são submetidos.
Corumbá vista a partir do morro da Bandeira, bairro Aeroporto
Corumbá vista a partir do morro da Bandeira, bairro Aeroporto 
A urbanização vem ao longo dos anos sofrendo impacto do sistema produtivo e a cada década sistematicamente ajusta-se sua estrutura ao modelo sistemático social. E aliada á situação de ruptura do desenvolvimento econômico de Corumbá, a grave situação das comunidades nativas que se encontram na periferia da cidade, condicionados á desigualdade e desestruturação econômica e social, e submetidos a exclusão social, marginalidade e miséria, com a perda do seu referencial cultural, religioso e étnico. Cabe mencionar os habitantes da zona rural, que sem perspectivas, acabam se juntando com as comunidades da periferia. Aliado a esse cenário, a população indígena tem suas terras devassadas pelo poder dominante e encontram-se sem amparo político. A desaceleração dos processos locais encontram expressão particular na dinâmica do município. Alguns pontos:
Falta de investimentos na infra-estrutura local que possibilitem novas funções e melhoria no processo produtivo;
Falta de valorização e arranjo dos elementos disponíveis para a construção do território atrativo para sua população e que propicie a inclusão social;
Os agentes convivem num intenso jogo de interesses e se dedicam a criar mecanismos para a sua manutenção no poder ou a serviço do poder.
PANTANAL - CORUMBÁ
Pantanal
Turismo
Corumbá é a cidade do estado que mais recebe turistas, sendo conhecida como Cidade Branca pela coloração de seu solo, rico em calcário. Hoje, com o Pantanal ocupando 60% de seu território, é considerada a Capital do Pantanal, sendo também sua porta de entrada. O turismo vem ajudando a desenvolver o mercado de trabalho associado com a pesca esportiva. Está em estudo o lançamento do Capital do Pantanal Convention & Visitors Bureau.
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Parque Marina Gatass.
Turismo para contemplação
Áreas verdes
Parques
Ecoparque Cacimba da Saúde (Beira do Rio Paraguai - Mapa): trata-se de um minadouro de água gelada e transparente. Sua nascente exibe o leite de pedras na qual é formada, sendo considerada de tratamento medicinal. Hoje, existe um portal que se abre para o Parque da Cacimba, inaugurado em junho de 2003.
Parque Marina Gataas (Rodovia Ramón Gomez - Mapa): é a maior área de lazer da cidade, que está próxima da fronteira com a Bolívia. São 06 hectares arborizados, com muita sombra e gramado, considerados intocáveis. Descobriu-se ali um importante sítio arqueológico. Construído em 1991, em pedra calcária, o Parque é um lugar místico e proporciona uma vista maravilhosa da Baía do Tamengo, um grande lago que se formou entre Puerto Suarez e Corumbá.
Parque Zumbi dos Palmares (Local não informado): o parque será implantado em uma área de 8,4 hectares, na Popular Velha, mesmo local onde está edificado o Centro Popular de Cultura, Esporte e Lazer.
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Praça da República.
Praças
Jardim da Independência ([Rua Dom Aquino com XV de Novembro - Mapa): Toda murada em mármore com portões de ferro, possui um coreto em forma octagonal que foi importado da Alemanha, de onde também veio o mosaico do calçamento da parte externa. Quatro esculturas se destacam representando as estações do ano, esculpidas em Pisa, em pedra de mármore de carrara e doadas por um conde italiano que veio caçar no Pantanal. As plantas nativas da região como o carandá, a bocaiúva e o ipê-roxo integram a diversificada arborização. Os corumbaenses reverenciam, na praça, os heróis da Guerra do Paraguai e da 2ª Guerra Mundial. Seus jardins são destacados pela presença de arvores centenárias, ornamentados com três lagos rasos, onde já abrigaram diversas espécies de aves, peixes nativos e até mesmo tartarugas e jabutis.
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Jardim da Independência.
Praça da República (Rua Manoel Cavassa, 275 - Mapa): no século passado a praça foi uma fortificação militar, com capela e residência das 200 almas que habitavam a então Vila de Albuquerque Nova (primeira denominação de Corumbá). Palco da batalha final da retomada do lugarejo contra tropas paraguaias em 1867, funcionou também como uma freguesia antes de ser construída, em 1924. Nele há um obelisco feito em mármore em homenagem aos heróis da Guerra do Paraguai.
Praça de Esportes Adenir Barros de Silva Fria (Rua Mestre Leandro Alves, Ladário): dispõe de área de lazer com quadra de basquete, vôlei de areia e playground.
Praça de Esportes Almirante Tamandaré (Conjunto Almirante Tamandaré, Ladário): dispõe de área de lazer com quadra de basquete, vôlei, futebol e recreação infantil.
Vitória Régia do pantanal
Vitória Regia no Pantanal
Praça de Esportes José Bezerra (Bairro Santo Antônio, em Ladário): dispõe de área de lazer com campo de futebol e quadras.
Praça Generoso Ponce (Av. General Rondon - Mapa): possui banheiros, palco-mirante, pequenas praças de convívio, dois quiosques (lanchonetes), tomadas para equipamentos de som no próprio palco, além do espaço próprio para eventos de médio a grande porte. Passou por uma revitalização e abrigou eventos do Festival América do Sul.
Praça Nossa Senhora dos Remédios (Rua Cunha Couto, sn, Ladário - Mapa): possui banheiro público, a iluminação para eventos é retirada da própria iluminação pública mediante uma taxa paga à administração da Prefeitura. Não existe palco nem tablado fixo na praça, os mesmos devem ser alugados. É também neste espaço onde são realizadas as festas populares, como o São João, a festa da padroeira da cidade Nossa Senhora dos Remédios, os comícios, entre outros.
PANTANAL - CORUMBÁ
Pantanal
Praça Nova Corumbá (Bairro Nova Corumbá - Mapa): dotada de equipamentos necessários para assegurar a prática do esporte e lazer de toda a comunidade da região da Nova Corumbá. Será dotada de campo de futebol, quadra polivalente, quadra de vôlei de areia, playground, pista para caminhadas, espaço para exercícios físicos, quiosques com lanchonete, sistema de iluminação, além de urbanização e paisagismo.
Praça Universitária (Av. Rio Branco - Mapa): maior praça do bairro Universitário, está localizada próxima a divisa com o município de Ladário.
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Casario do Porto.
Monumentos
Arco do Triunfo de Ladário (Avenida 14 de Março, Sn, Ladário - Mapa)
Complexo Naval da Marinha (Avenida 14 de Março, Sn, Ladário - Mapa). Complexo militar da marinha do Brasil composto por várias guarnições militares. Em 7 de janeiro de 1873, foi determinada a construção do arsenal de marinha de Ladário, a cargo do capitão-de-fragata Manuel Ricardo da Cunha Couto, sendo sua pedra fundamental lançada em 14 de março daquele ano. Primeiramente chamado de arsenal de marinha, recebeu posteriormente outras denominações e atualmente é conhecido como complexo naval de Ladário. A cidade foi diretamente e totalmente influenciada pela presença desta organização militar.
Flora do Pantanal
Flora do Pantanal
Coreto Municipal de Ladário (R. Corumbá, 500, Ladário): o coreto fica situado no centro da cidade, é utilizado somente por autoridades em datas cívicas.
Escadinha da Quinze de Novembro (Av. General Rondon com a Quinze de Novembro): construída em 1923, possui 126 degraus e faz a ligação do centro da cidade ao Porto Geral.
Estação Ferroviária da Novoeste (Esplanada da estação próximo a av. Porto Carreiro - Mapa): antigamente era a estação da Noroeste do Brasil-NOB e atualmente administrada pela Novoeste (empresa pertencente a ALL).
Fábrica de Gelo (Beco da Candelária): edificio construído numa encosta em patamares. Com estrutura metálica e alvenaria de pedra, é o único edifício no Brasil que agrega esse método construtivo. O edifício é argamassado no meio, mas na época não dava para saber até onde ele ia, pois a partir dele até a parte mais alta tudo estava em ruinas. A entrada principal lembra uma vila italiana.
Forte Coimbra (Márgem direita do Rio Paraguai - Mapa): foi construído em 1775 para conter invasões estrangeiras. Atualmente é um distrito do município de Corumbá.
Ipês floridos nos morros de Corumbá
Ipês floridos nos morros de Corumbá 
Forte Junqueira (17° Batalhão de Fronteira - Mapa): construído em 1871, logo após a guerra do Paraguai. Seu nome é uma homenagem ao ministro da guerra da época, José Oliveira Junqueira, que morreu em 1887. Possui 12 canhões, de 75 mm cada, importados da indústria alemã Krupp, mas nunca foram usados. Possui paredes de calcário com meio metro de espessura. Atualmente está situado dentro do Quartel do 17° Batalhão de Fronteira, num penhasco sobre rochas.
Ladeira Cunha e Cruz (Porto Geral - Mapa): também conhecida por Ladeira da Candelária e um dos principais acessos a região do Porto Geral e o rio Paraguai. Seu nome é uma homenagem ao Capitão Cunha e Cruz, responsável pela derrota dos paraguaios. Ocorreu ali uma sangrenta batalha em 13 de junho de 1867.
Ladeira José Bonifácio (Porto Geral - Mapa): foi construída em 1922 e também faz a ligação do centro da cidade ao porto.
Mirante São Felipe (Morro do Cruzeiro - Mapa): vista de toda a cidade e Ladário. Abriga o Cristo Rei do Pantanal.
Porto Geral (Parte baixa - Mapa): no passado, quando era o terceiro maior porto da américa do sul, abrigava grandes empórios, 25 bancos internacionais, curtumes e a primeira fábrica de gelo do Brasil. Foi tombado em 1992 e reformado em 2005.

PÔR DO DOL NO PANTANAL SUL, MS, BRASIL
Por do Sol no Pantanal
Turismo dos eventos
Corumbá é considerada o centro mais adiantado do estado de Mato Grosso do Sul para eventos e lazer, sendo a cidade que mais sedia eventos em todo o estado. Dispõe de produtoras e organizadoras de eventos e lançamento de novos produtos, centros para convenções e exposições. Relação dos principais locais onde ocorrem eventos e apresentações da cidade de Corumbá:
Anfiteatro Professor Salomão Baruki
Centro de Convenções do Pantanal (3 auditórios)
Parque de Exposições Belmiro Maciel de Barros: realiza exposições agropecuárias (Feapan) e shows.
Ecoturismo e turismo de pesca
A cada dia que passa o ecoturismo e a pesca se transforma na fonte de renda e empregos da região de Corumbá. O turismo de pesca é realizado às margens dos rios Paraguai (Porto da Manga, baía de Albuquerque, foz dos rios Abobral, Miranda, Morrinhos e Porto Esperança). O eco turismo também já começa a ser explorado, apesar de timidamente.

Vista aérea do Aeroporto de Corumbá
Vista do Aeroporto de Corumbá
Turismo cultural
A cultura corumbaense é composta de influências originárias dos estados e países de seus povoadores: entre as principais destas influências estão as culturas carioca, nordestina, paulista e sulista e de países como Itália, Síria,Palestina, Líbano, Bolívia e Paraguai. Ainda partilha a cultura do estado em que está inserido, o Mato Grosso do Sul. Nesse caso poderemos retornar ao passado recente na época em que a cidade sofreu a influência dos paídes do prata, herdando grande parte de seus costumes e hábitos, e no caso dali foi mais fácil pois a cidade era isolada geograficamente. Dessa época acabou conservando os seus prédios históricos de influência européia, sua histórias, tradições e costumes. Atualmente a cidade é considerada o centro cultural mais adiantado do estado de Mato Grosso do Sul.
Rio Paraguai
Rio Paraguai
Cultura popular
Produtos típicos
Seu artesanato pode ser encontrado à venda, entre outros lugares, na Casa do Artesão, onde encontram-se peças que representam animais da região e do Pantanal. Estes trabalhos muitas vezes apresentam detalhes em madeiras típicas da região. Também é possível encontrar peças, como argila, que possuem utilidade mais que puramente decorativa. Outros núcleos de artesanato da cidade são:
Art Izu (Rua Cuiabá, entre as ruas Tiradentes e Antônio João): pertencente a artista plástica Izulina Xavier. No local estão expostos seus artesanatos que são confeccionados em pó de pedra, entalhes de madeira e cerâmica. No local é retratado animais do Pantanal, figuras sacras e momentos históricos da cidade de Corumbá.
Casa de Massabarro (Parte baixa da cidade : associação não-governamental com fins não-lucrativos, voltada exclusivamente para fins sociais com o intuito de dar às crianças do bairro uma oportunidade de profissão ao invés do ócio. Tem por objetivo incentivar a arte em cerâmica de crianças e adolescentes, que recriam a fauna e flora do Pantanal através da argila. A casa está sempre oferecendo peças artesanais em cerâmica, cuja temática é regional - pantaneira (flora e fauna), e também muitas peças de santos, principalmente "São Francisco".
GARÇA NO RIO PARAGUAI
Garça no Rio Paraguai
Casa do Artesão de Ladário (Avenida 14 de Março): conta com vinte associados, entre estes, alguns realizam trabalhos artesanais, mas a grande maioria confecciona trabalhos manuais.
Costumes
Influência
Até o ano de 1914, para ter acesso a qualquer parte do Brasil, os corumbaenses não tinham outra opção senão o rio da Prata, sendo obrigada a passagem por Assunção, Buenos Aires ou Montevidéu. Os costumes e linguagem platinas acabaram sendo absorvido pelos corumbaenses. Essa convivência com os países platinos acabou sendo muito acentuado justamente por causa dessa relação em função do transporte fluvial. Por causa das influências Corumbá teve seus costumes baseados no folclore portenho, sendo muito comum na mesma época grandes empresários locais passarem por Montevidéu via rio Paraguai até chegar a Porto Alegre e Rio de Janeiro para assistir a algumas peças teatrais. As viagens eram feitas no Fernando Vieira, luxuoso navio com 100 camalotes de primeira classe, navio esse que também trazia as principais companhias de teatro do Rio de Janeiro e cidades do Prata para fazer a apresentação no Bijou-Teatro, que era a maior casa de espetáculos da cidade, na época com 500 lugares. 
imagem de são francisco em corumbá ms, Brasil
Imagem de São Francisco em Corumbá
A diversão e entretenimento amenizava a sensação de isolamento que existia na região, e por causa disso o rio Paraguai era o único meio de transporte e comunicação. Por causa do isolamento a cidade acabou recebendo influência cultural desses países do prata, e se faz perceber mais na música, gastronomia e sotaque. No ano de 1913 um oficial das forças armadas, em visita a cidade, falou ao chegar a Corumbá: no hotel, no bar, nas casas de comércio, por toda parte, ouve-se falar todas as línguas nessa longínqua e pequena babel e não serei exagerado em falar que o português não é o idioma que mais se fala. Esse é um depoimento que revelava a influência estrangeira que existia em Corumbá na época. Na zona rural as bombachas, guaiacas e outros utensílios fazem parte da vestimenta de vaqueiros e donos de fazendas, além dos próprios pantaneiros. Liguisticamente o muito obrigado era substituído por gracias. Também foram incorporadas palavras como chalana, buenas ao invés de boa tarde, bolita ao invés de bola de gude, pandorga ao invés de papagaio, bolicho ou venda ao invés de armarinho ou boteco, termos estes trazidos por argentinos e paraguaios. O jogo de carta mais praticado pelos corumbaenses era, principalmente nas fazendas, o truco espanhol. Há também outros hábitos adquiridos sob influência internacional foi o chimarrão, fumar o guarani (este não mais existente), ou de fazer a sesta.
Levé du soleil sur le fleuve Paraguay
Por do Sol no Rio Paraguai
Música e danças típicas
Uma curiosidade em Corumbá é que o tango já chegou a ser a dança preferida da população corumbaense nos clubes sociais. Os corumbaenses são bastante tradicionalistas e festeiros por excelência, sendo responsáveis por um dos melhores carnavais do interior do Brasil. Mas não se baseiam apenas nas festas, pois as danças e religiosidade também fazem parte de sua cultura. Entre as danças se destacam:
Cururu: brincadeira que se baseia em movimento, música, canto e sapateado, sendo um ato de religiosidade e lazer. Somente homens participam e cantam em duplas. Os instrumentos usados são a viola-de-cocho (tipo de viola de braço com cordas de tripa de mico ou quati), adufe, pandeiro e reco-reco, que é produzidos por eles próprios. Os participantes começam fazendo a louvação ao santo e prosseguem em forma de desafio, com versos improvisados.
Guarânia: gênero musical de origem paraguaia, em andamento lento, geralmente em tom menor. As canções mais conhecidas são: Índia, Ne rendápe aju, Panambi Vera e Paraguaýpe criado orquestra sinfônica modo baseado em poemas, canções com sinfônico accompaniments. O gênero seduz as populações urbanas, mas não no interior. Isto é provavelmente devido ao interesse das pessoas por estilos mais rápido como a Polka ou o Purahéi Jahe'o.
Vôo em formação
Vôo em formação
Polca paraguaia: também chamada de Danza Paraguaya (do espanhol, dança paraguaia), é um estilo musical criado no Paraguai no século XIX.
Rasqueado: o ritmo folclórico do rasqueado e sua respectiva dança receberam influência da polca paraguaia. Desse contato dos refugiados com a população ribeirinha e da mistura do violão paraguaio com a viola-de-cocho surgiria o rasqueado. Definição da palavra rasqueado: "…arrastar as unhas ou um só polegar sobre as cordas, sem as pontear". (Acordes em glissandos, rápidos, rasgado, rasgadinho, rasgueado e rasgueo).
Siriri: tipo de dança que tem um par solista no centro. A dança é uma sequência de danças com várias coreografias e denominações. Os instrumentos usados são a viola de cocho, caixote ou tamborete batido com caracoxá (reco-reco feito com babu e tocado com garfo) e baqueta.
Biguazeiro
Biguazeiro 
Culinária
Gastronomia
Um dos pratos mais tradicionais da cidade provém de Portugal: O sarrabulho ou sarravulho. É simples mas extremamente saborosa, preparada a base de miúdos de boi. Também tem forte influência indígena, com pratos a base de raízes, milho e palmito. Sopa de piranha também é um prato típico. Também e muito apreciado o churrasco pantaneiro, dando preferência a alguns cortes típicos, como a lingüiça de maracaju e a ponta e capa da costela, conhecida também por matambre, que tanto pode ser cozida ou assada. Há também a culinária boliviana com as saltenhas (pastéis assados recheados com batata e diversos tipos de carne) e chipas, de origem paraguaia. Mas o que predomina é os peixes, principalmente pintado (ensopado ou assado), pacu (frito e acompanhado de pirão), jaú, piraputanga, piranha (frita, escabeche, ensopada ou em caldo) e dourado. Os preços dos restaurantes em Corumbá são baratos. Há opções de rodízios de pizzas e churrasco.
Ficheiro:Guampa bombilla.jpg
Recipiente típico de tereré.
Bebidas
Uma bebida muito comum na cidade é o consumo do tereré (feito com infusão de erva-mate e água gelada), servido numa guampa geralmente de chifre de boi e com uma bomba, que é facilmente preparado e consumido nos encontros entre amigos e familiares. Existem regras bem definidas numa roda de tereré e que devem ser respeitadas. A bebida é consumida especialmente fim-de-semana acompanhada de música regional. Outra bebida muito consumida é um refrigerante chamado Mate chimarrão, a base de erva mate, mais consumido do que Coca-Cola.
Calendário de eventos culturais
Relação dos eventos e apresentações das cidades de Corumbá e Ladário.
Data móvel
Carnaval: Mantém fiel as tradições dos cordões carnavalescos, com aproximadamente 10.000 componentes que participam deste evento, desfile das Escolas de Samba e dos Blocos e os bailes populares que costumam reunir 40 mil pessoas por noite. Proporcionar lazer e descontração à comunidade corumbaense, mantendo a tradição cultural da realização do carnaval, agregando-o como uma atratividade aos produtos e equipamentos turísticos do município, fortalecendo assim o Destino Turístico Corumbá. 
arara vermelha
Arara Vermelha
Atrair turistas e visitantes com a finalidade de fomentar e diversificar o desenvolvimento do comércio local, proporcionado geração de empregos e renda para a população corumbaense, oportunizar a visitação de turistas para conhecerem as belezas naturais e culturais da cidade e fomentar o intercâmbio cultural entre a comunidade e os visitantes.
Fevereiro
Carnaval de Ladàrio: proporcionar lazer e descontração à comunidade, mantendo a tradição cultural da realização do carnaval, agregando-o como uma atratividade aos produtos e equipamentos turísticos do município. Desfiles de blocos, escolas de samba e show com bandas
Festa de Nossa Senhora da Candelária (padroeira do município): Em fevereiro, comemora-se em Corumbá, a Festa de Nossa Senhora da Candelária, padroeira da cidade. Nesse dia é feriado municipal. É realizada uma novena 9 dias antes da data, no dia acontece a quermesse e em seguida a grandiosa procissão.
RIO PARAGUAY MS
Rio Paraguai
Março
Jogos Internacionais de Aventura do Pantanal: promover e divulgar o Destino Turístico Corumbá, agregando o esporte às atividades turísticas.
Seresta da Mulher: seresta dedicada ao dia internacional da mulher.
Abril
Seresta da Liberdade: seresta dedicada a liberdade
Maio
Seresta do dia das Mães: seresta dedicada ao dia das mães.
Festa de Nossa Senhora de Auxiliadora (em português): Festa todo dia 24 de maio, mês de Maria, com quermesse. Após a quermesse segue a procissão pelas ruas da cidade de Corumbá
Festival América do Sul: Promover o desenvolvimento turístico e cultural da região de Corumbá e fazer a Integração dos países da América do Sul é a função desse evento.
Farol do Balduíno - Rio Paraguai
Farol do Balduíno - Rio Paraguai 
Junho
Festa e banho de São João: Arraial do Banho de São João é realizado durante quatro dias na cidade. O ponto alto acontece no início da noite de 24 para 25 de junho, com o tradicional Banho de São João. Festa de origem portuguesa seu ponto auto é a lavagem do santo, que desce a ladeira Cunha e Cruz em procissão, acompanhado de fogos de artifício e lanterninhas de papel ou velas acesas nas mãos, ao som de cantos típicos.
Festa de Santo Antônio (namorados): Manifestação religiosa. Sua data, por coincidência, é dia 13 de Junho, dia da Retomada de Corumbá. a maior parte da população participa da missa e da procissão. Destaca-se o Baile de Gala, segundo tradição, símbolo do amor, com vistas ao bom casamento.
Festa de São Pedro Pescador: É realizada em de junho, e é organizada pela colônia de pescadores. A procissão é acompanhada pela banda da Marinha e após o programa religioso o Cururu (dança folclórica) tem seu espaço, até a madrugada.
Porto
Porto

Julho
Nossa Senhora do Carmo (Forte Coimbra): festa em homenagem a Nossa Senhora do Carmo que ocorre em Forte Coimbra.
Agosto
Seresta do dia dos Pais: seresta dedicada ao dia dos pais.
Setembro
Feira Agropecuária do Pantanal: Divulgar, promover, fortalecer e agregar os valores do agronegócio à atividade turística, uma vez que possuímos no município de Corumbá o maior rebanho bovino do país, mostrando a diversidade da cultura pantaneira.
Semana do Município: O mês de setembro é apontado como um dos mais importantes para a população corumbaense. São inúmeras festas em comemoração ao aniversário da cidade, que acontece no dia 21. Durante as comemorações, acontecem a Festa do Peão Boiadeiro e o Festival Latino Americano de Arte e Cultura.
Pôr do sol na Curva do Aracuã - Rio Paraguai
Pôr do sol na Curva do Aracuã - Rio Paraguai 
Outubro
Festa de Nossa Senhora dos Remédios (Padroeira de Ladário): Em outubro, comemora-se em Ladário a Festa de Nossa Senhora dos Remédios, padroeira da cidade. Nesse dia é feriado municipal.
Mostra Corumbá-Santuário Ecológico de Dança: No ângulo cultural, a Mostra Corumbá também enriquece a visão de cerca de 35.000 pessoas — segundo estatística oficial - que assistiram e prestigiaram o evento. E bailarinos, professores e diretores fizeram um precioso intercâmbio de técnicas e pensamentos. Vale salientar que o evento não se limita ao palco público, mas que cresceu, oferecendo oficinas e trazendo ícones da dança nacional e internacional.
Festival Pantanal das Águas: São quase 1.500 pessoas que consomem em Corumbá, aquecem o comércio e a rede hoteleira, proporcionando um movimento atípico para este período do ano.
Novembro
Festival de Bandas e Fanfarras do Pantanal: festival típico com bandas e fanfarras.
Pantanal em ladario
Pantanal em ladario 
Festival Gastronômico de Corumbá: festival com comidas e bebidas típicas de Corumbá
Concerto de Santa Cecília da Banda Manoel Florêncio: tradicional concerto da Banda Manoel Florêncio
Apresentação do Coral Cidade Branca: tradicional apresentação desse coral.
Dezembro
Concurso de Presépio, árvores de natal e de fachadas: O mês de dezembro, em comemoração ao Natal, acontece o Concurso de Presépios, Árvores de Natal e de fachadas. Nessa época, a cidade se transforma, num verdadeiro show de luzes coloridas que dão mais brilho à bela cidade corumbaense.
Festa e Louvação a Iemanjá: Evento realizado à beira do Rio Paraguai. As pessoas devotas vestem-se de branco e homenageiam atirando ao rio suas oferendas. Em meio a luz fazem sues pedidos mais íntimos. A festa é fantástica, de beleza erótica, tendo como palco o Rio Paraguai.
Lavagem da escadaria da Igreja Nossa Senhora da Candelária: no final de dezembro, comemora-se a Lavagem da escadaria da Igreja Nossa Senhora da Candelária, padroeira da cidade.
Fachada do prédio Wanderlei & Baís - Porto de Corumbá
Fachada do prédio Wanderlei & Baís - Porto de Corumbá
Grupos de movimento cultural
Vida musical
Em corumbá o que mais se destaca em matéria de música são os samba-enredos tocados no Carnaval.
Grupos de teatro e dança
Principais grupos de teatro e dança na ativa em Dourados:
Companhia de Teatro Maria Mole (Rua Antonio João, 08 - Casa 1, Centro): de estilo eclético, existe desde 1998 e tem um trabalho constante de formação de atores que acontece na Casa de Cultura Luis de Albuquerque. Atualmente apresenta a peça "As Sandálias de Frei Mariano" - é um espetáculo de rua e apresentou-se no Festival América do Sul. A Companhia foi premiada no Festival Sul-Matogrossense de Teatro com o espetáculo "Pluft - O Fantasminha" de Maria Clara Machado. O grupo apresenta peças de sua própria autoria por toda cidade (escolas, praças, etc.).
Grupo Folclórico de Cururu e Siriri (Avenida Brandão Junior, 90, Cervejaria): o grupo é formado de 8 a 10 pares, apresentam-se com regularidade na Festa de São João. O grupo já se apresentou em vários lugares de MS e também em São Paulo.
Oficina de Dança do Pantanal (endereço não-identificado): de estilo Contemporâneo, o grupo possui 22 dançarinos, apresentaram-se no Festival Nacional de Danças Folclóricas que ocorre em Blumenau - SC, na Mostra de Dança de Corumbá, no SESC - SP. Costumam se apresentar sempre na Festa de São João, bem como em outros eventos que acontecem na cidade.
Lazer e vida cultural
Centros culturais e de exposições
Corumbá dispõe dos seguintes centros culturais:
Casa Rio Tinto (Av. General Rondon, 1355, Centro, entre as ruas 7 de Setembro e Major Gama - Mapa): a Casa Rio Tinto é centro de referência para divulgação da cultura e trabalho de artistas pantaneiros. Também é um espaço dedicado à exposição de fotografias; artes gráficas; cerâmica; cinema; audições musicais. O local também tem a apresentação das atividades desenvolvidas pelo Grupo Rio Tinto Brasil no município.
Casa Vasquez & Filhos (Ladeira José Bonifácio, 171, Porto Geral - Mapa): A edificação foi tombada como Patrimonio Histórico e Artístico Nacional e integrou o Programa Monumenta. Abriga o Memorial do Homem Pantaneiro. Construído em 1909 pelo arquiteto italiano Martino Santa Lucci, para tornar-se um local de encontros na cidade.
Edifício Wanderley, Baís & Cia (Rua Manoel Cavassa, 275, Porto Geral - Mapa): construído em 1.876, suas escadas dão acesso aos três pavimentos que foram importados da Inglaterra. No local, hoje funciona a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Turismo, diversas lojas de artesanato e um restaurante de comidas típicas da região. Também restaurado pelo Programa Monumenta, abriga dois museus: Museu da História do Homem do Pantanal e Museu de História do Pantanal.
Estação Natureza Pantanal (Ladeira José Bonifácio, 111 - Porto Geral - Mapa): O espaço funciona no edifício Sleiman, construção datada de 1908, que estava fechada desde 1987. O local já abrigou comércios, residências, hotel, Casa de Rendas e abrigou a Capitania dos Portos. O prédio foi o primeiro da orla portuária a ser completamente restaurado e integra o patrimônio histórico e cultural de Corumbá. O projeto da Fundação O Boticário ainda realiza cursos, palestras, seminários e eventos ligados a temas ambientais, oferecidos ao longo do ano por técnicos da instituição. A Estação Natureza Pantanal é a segunda do País e a primeira instalada fora do Paraná e integra a estratégia da instituição em desenvolver iniciativas próprias em todas as regiões brasileiras. Começou á funcionar em fevereiro de 2006.
Fundação de Cultura de Corumbá (Rua Frei Mariano, 428, Centro - Mapa): o local possui escola de música, oficina de dança, oficina de artesanato e realiza trabalhos com crianças carentes beneficiários do bolsa escola.
Instituto Luis de Albuquerque (Praça da República - Mapa): O espaço contém museu, biblioteca, sala de exposição, salão nobre para lançamento de livros, sala de poetas, oficina de teatro, oficina de artes plásticas, oficina de música e oficina circense. Durante o Festival América do Sul abriga em seu espaço exposições de artes plásticas nos quais são expostos trabalhos de artistas conhecidos da região e de outos países.
Moinho Cultural Sul-Americano (Domingos Sahib, Sn, Porto Geral - Mapa): foi cedido pelo Grupo Dona Benta para o município e iníciou suas atividades em 2005 para fins sócio-culturais. As atividades são direcionadas à integração dos povos da fronteira Brasil/Bolívia e há espaço para abrigar exposiçoes que se relacionem à cultura dos dois países tais como dança, folclore, música, artes plásticas, entre outros. Seu objetivo maior é a integração dos povos Sul-Americanos. Também é uma escola de arte e cultura direcionada para crianças carentes. O espaço conta com a parceria do Instituto Homem Pantaneiro.
Museus
Memorial do Homem Pantaneiro (Ladeira José Bonifácio, 171 - Mapa): o museu abriga exposições permanentes e itinerantes sobre o ecossistema e a cultura pantaneira, cultura relativa aos povos que foram chegando e se fixando na região. O museu é um projeto de 2006, e que está instalado na Casa Vasquez & Filhos, prédio este que foi restaurado pelo Programa Monumenta.
Museu da História do Homem do Pantanal (Rua Manoel Cavassa, 275 - Mapa): esse museu retrata a história do homem que habitava a região pantaneira há seis mil anos até a chegada do colonizador, é composto por peças arqueológicas. O prédio, Wanderley Baís, foi restaurado em 2006.
Museu de História do Pantanal (Rua Manoel Cavassa, 275 - Mapa): conta a história da região pantaneira. Também se localiza no prédio Wanderley Baís.
Museu do Pantanal (Praça da República - Mapa): conta com uma coleção de animais empalhados, acervo de várias tribos indígenas da região (cadiwéu, terenos e bororós), sessões de artes plásticas, de artesanato em couro e barro, peças arqueológicas e painéis de marcas de ferro de gado usados nas centenárias fazendas. Objetos pessoais dos primeiros desbravadores do Pantanal e do Marechal Cândido Mariano da Silva Rondon, que cortou a região com suas linhas telegráficas. O Museu funciona dentro da Casa de Cultura Luis de Albuquerque.
Lazer
Corumbá tem uma vida noturna bastante rica e movimentada, especialmente nos fins de semana. A noite começa na Av. General Rondon, repleta de bares, chopperias e restaurantes que servem variados tipos de comida, possuindo também a opção de rodízios. Não deixe de parar nos mirantes para ver o reflexo da lua nas águas do rio Paraguai. Apesar de sua noite ser animada, Corumbá carece de salas de cinema e de teatros.
Literatura
Entidades
Academia Corumbaense de Letras: com sigla a.C.L., é uma associação de duração ilimitada, que tem finalidade exclusivamente literária e cultural, legalmente constituída em pessoa jurídica. É a associação literária máxima que representa a cidade de Corumbá perante a Academia Brasileira de Letras.
Bibliotecas
Biblioteca Gabriel Vandoni de Barros (Praça da República - Mapa): estima-se um número de aproximadamente trinta mil volumes, entre eles livros didáticos, científicos, periódicos e livros históricos. O acervo foi doado pelo pecuarista e escritor Dr. Gabriel Vandoni de Barros e funciona dentro da Casa de Cultura Luis de Albuquerque. Contém livros antigos próprios para pesquisa sobre a cidade de Corumbá. Situado no Instituto Luis de Albuquerque.
Biblioteca Manoel de Barros (Avenida Rio Branco, 1.270): a biblioteca possui 34 mil exemplares, sendo 13 mil títulos e aproximadamente 30 mil periódicos. Jornais históricos estão sob competência do Núcleo de Documentação Histórico que existe dentro do Câmpus e está aberto ao público que queira pesquisar. Situada dentro da UFPAN.
Biblioteca Municipal Lobivar de Matos (na rua Frei Mariano, 428, Centro): o acervo possui aproximadamente seis mil livros, didáticos, científicos e recreativos. Funciona dentro do prédio da Fundação de Cultura de Corumbá.
Biblioteca Professor Severino Venâncio da Silva (Rua Corumbá, sn, Ladário): possui aproximadamente 5 mil exemplares (destes, aproximadamente mil títulos didáticos). A biblioteca possui um pequeno local para consulta.
Turismo religioso
O predomínio é da religião católica, pertencendo a Diocese de Corumbá e tendo como padroeira Nossa Senhora da Candelária. Apesar disso, a religião evangélica cresce consistentemente, possuindo muitos adeptos e apresenta crescimento mais acentuado do que o catolicismo, especialmente na periferia. Como a maioria das cidades brasileiras, Corumbá começou a se desenvolver a beira de um rio e a sombra de uma igreja. Algumas edificações se mesclam a história da cidade.
Templos
Capela de Santa Teresinha (Rua Major Gama com Rua Colombo)
Igreja do Sagrado Coração de Jesus (Rua Joaquim Murtinho com Major Gama)
Igreja Matriz de Nossa Senhora da Candelária (Praça da República - Mapa): foi construída em 1885 pelo pregador imperial e Vigário da Vara, Frei Mariano de Bagnaia. A igreja, segundo os historiadores[carece de fontes], foi motivo de muita polêmica na época, porque o Frei, julgando-se herói da Guerra do Paraguai, ao sobreviver às torturas impostas pelos paraguaios, decidiu construí-la para se auto-homenagear. O bispado não concordou e, diz a lenda, Mariano teria jogado uma praga, amaldiçoando a cidade á estagnação e pobreza. A igreja foi inaugurada dois anos mais tarde, com solenidade do ritual romano. Em seu altar destaca-se um brasão da Coroa portuguesa.
Igreja de Nossa Senhora Aparecida (Rua Tenente Mequides)
Igreja de Nossa Senhora de Caacupé (Rua Antônio Maria Coelho): construído em homenagem á padroeira do Paraguai.
Igreja de Nossa Senhora de Fátima (Rua 7 de Setembro, 2405)
Igreja de Nossa Senhora do Carmo (Rua Gonçalves Dias)
Igreja do Santuário de Maria Auxiliadora (Rua Dom Aquino, 1037, em frente á Praça da Independência - Mapa - informações): a igreja foi construída em 1940 e ali encontra-se a imagem da escultura de Jesus Cristo em madeira de lei entalhada nos anos 1950 pelo artista plástico espanhol Ântonio Burgos Villa (Burgoso), que é amigo pessoal de Pablo Picasso. O artista também deixou inúmeras outras obras de madeira e gesso em Corumbá, onde viveu.
Igreja de São Benedito (Rua Mato Grosso, 565)
Igreja São João Bosco (Rua Dom Aquino, 2758)
Igreja São José Operário (Rua Eugênio Cunha, sn)
Paróquia Nossa Senhora dos Remédios (Rua Cunha Couto, 339, Ladário): foi construída em 1872, sob a organização de padres franciscanos. Construída em estilo semi-gótico, é ornamentada com vitrais que foram trazidos da Alemanha. Tais vitrais retratam a vida dos santos. O contra-almirante Lemos doou à igreja a imagem de nossa senhora, daí a igreja receber o nome de "Nossa Senhora dos Remédios". Seu espaço comporta 400 pessoas e as festas da padroeira da cidade e as de São João são realizadas em suas dependências. Possui estilo semi-gótico.
Igreja Adventista de Corumbá (Rua Colombo, 1070)
Assembleia de Deus (Rua Cabral,)Em 1996 chega a Corumbá o Pastor Joâo Martins, juntamente com sua esposa irmã Eva, seus filhos, irmão João Lucas e irmã Keila. Inicia o seu trabalho evangelístico e missionário nas cidades de Corumbá, Ladário e na Bolívia.
[[Assembleia de Deus familia de Deus filiada a CEADER e a CGADB|Assembléia de Deus Ministério Familia de DEUS] Abre suas portas na rua ciriaco de Toledo 2500; bairro Popular Nova em 2008 e coloca na frente o Pastor Ramão Soares de Oliveira e a sua esposa Missionária Niete ;Juntamente com Seus filhos os presbitéros Anderson lauro Soares e Marcelo Soares de oliveira e o irmão Rogério Soares.
Esporte
Possui vários equipamentos esportivos que impulsionam mais o turismo esportivo e atraem milhares de pessoas: dois estádios (sendo o Artur Marinho o maior deles), 5 ginásios e dois times de futebol.
Futebol
Os dois times de expressão da cidade são o Corumbaense Futebol Clube e o Pantanal Futebol Clube. Os estádios que recebem jogos oficiais são:
Estádio Artur Marinho (Rua Delamare, 2.535, Bairro Dom Bosco - Mapa): o Campeonato Estadual e o Campeonato da cidade de Corumbá ocorrem neste espaço. Tem capacidade para 12 mil pessoas, possui banheiros para o público masculino e feminino (dois de cada), alojamento para 40 pessoas (20 beliches) com 24 banheiros, 01 vestiário para os árbitros, refletores para jogos noturnos e ainda, 8 cabines para rádio e tv e banheiros para a emprensa. O campo é oficial como determina a FIFA.
Estádio Vicente Fortunato (Rua Dom Pedro II, 957, Ladário - Mapa): no estádio é realizado o campeonato municipal de Ladário (com 26 equipes divididas em 4 categorias, a sub-18, a categoria livre, master 38 e master 43). Recebe o time do Pantanal Futebol Clube que realizam treinos e jogos amistosos. Possui capacidade de acomodar 800 pessoas sentadas e aproximadamente 3 mil pessoas ao todo. O espaço é cedido mediante acordo com o responsável, com antecedência de uma semana, não há cobrança se for evento realizado sem fins lucrativos. Possui banheiros, vestiários, e cabines para rádio e televisão. Não possui iluminação.
Outras modalidades
Para outros esportes há os ginásios:
Ginásio do Corumbaense Futebol Clube (Av. General Rondon, 1.338, Centro): O ginásio acomoda até 2 mil pessoas, possui uma quadra polivalente, seis sanitários masculinos e oito femininos, vestiário, alojamento para trinta pessoas, possui refletores para jogos noturnos e cantina.
Ginásio Poliesportivo Lucílio de Medeiros (Rua Porto Carrêro, 01, Centro): pertencente a FUNEC, possui vestiários, banheiros, alojamento para 40 pessoas (20 feminino e 20 masculino). Uma quadra coberta polivalente e 3 descobertas (basquete, futsal e tênis). Um campo de futebol, um campo de suíço, uma quadra de futebol de areia, duas pistas de caminhada e uma pista de skate. A capacidade da quadra coberta é de 6 mil lugares.
Ginásio Poliesportivo Professor Hélio Benze (Rua Corumbá, Sn, Ladário): possui capacidade para 5 mil pessoas, além de dois banheiros (masc. e fem.) e dois vestiários, quadra oficial polivalente, sem alojamento. O espaço já recebeu a Copa Morena, Jogos Escolares do MS (JEMS), Jogos Escolares de Ladário e o Festival da Canção Estudantil.
Poliesportivo São Miguel (Rua Comandante Souza Lobo, 403, Ladário): o local possui vestiários, banheiros mas não possui alojamento próprio. Tem capacidade para aproximadamente trezentas pessoas em dias de jogos, possui uma quadra polivalente, também um palco para encenação teatral. Não é climatizado, porém o local é parcialmente aberto e possui exaustores no teto, iluminação sobre o palco e em toda a quadra. Seu espaço foi cedido para eventos teatrais do Festival América do Sul.
Fonte de pesquisa:
Imagens:

3 comentários:

  1. Querida Cacau,

    O bom do Brasil é isso,a diversidade.
    Cada lugar tem suas belezas e encantos,seja nos grandes Centros Urbanos como nos mais logínquos lugares. Estou longe de Corumbá,mas vou colocar aqui na listinha das próximas viagens.

    Um Abraço

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  2. Querida amiga, eu conheço o Pantanal mas apenas a região que pretence ao Mato Grosso do Sul.
    Essa área do MT, ainda não tive a oportunidade de conhecer; conforme vc descreve, é uma viagem que vale a pena ser feita!
    Parabéns pelo excelente post!
    BEIJOSSSSSSSSSSSSSS

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  3. Muitas fotos não estão abrindo.Gostaria muito de vê-las.

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